Friday, November 30, 2007

ZOMBIE 5/12: THE RETURN OF THE LIVING DEAD! THIS IS NOT A MOVIE...

Já visitei inúmeras exposições. Dos mais diversificados géneros e tipologias. Durante muitos anos. Penso que chegou a minha hora de também apresentar uma exposição de minha autoria. E vou fazê-lo. Trata-se de uma exposição de onze painéis com uma série de 124 fotografias a cores sobre papel, que comemora vinte anos de colaboração na imprensa local, regional e nacional. Essa exposição intitula-se Zombie 5/12: The Return of The Living Dead! This is Not a Movie… Sendo apresentada ao público entre 1 e 15 de Dezembro de 2007, em Coz, no Bazar das Monjas. A ideia surgiu-me dos filmes de George Romero e da fotografia de John Baldessari. As minhas personagens aparentam ser naturezas mortas, estáticas, inertes… Todavia, receio que a noite lhes permita ganhar vida e circular por esse mundo fora… Chamo-me José Alberto Vasco e ficarei eternamente agradecido pela amável visita de todos os que pretendam compartilhar a minha suposta arte de representação visual. Vale?

FESTIVAL AMAZING CLINIC PROMOVE AUTÊNTICA MARATONA DE DJ'S EM ALCOBAÇA

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2007; FESTIVAL AMAZING CLINIC (Festival de novas tendências . Moda . Música . Imagem . Luz), com JUNIOR BOYS . RÁDIO PIRATAS . PINK BOY . R.ZINK[dj sets]. Mais que um festival de novas tendências o Amazing Clinic é um manifesto de intenções. Um festival onde se apresentam novas tendências de música focando os ideias de cultura urbana. O grande momento será a subida aos pratos dos Junior Boys. Elegância e carisma do Canadá a Alcobaça em poucos segundos...Festival Amazing Clinic //Junior Boys / Rádio Piratas / Pink Boy / R.Zink // DJ sets //Sexta 30 de Novembro de 2007 / 00H / As portas abrem às 23H //Entrada 10€ / Reserva de bilhetes: 262 598 549, e ainda...
Sábado, 1 de Dezembro de 2007: SONY PLAYTATION . SINGSTAR LATINO- Apresentação oficial do jogo]+ R.ZINK [dj set]. A Sony Portugal junta-se ao Clinic para uma noite de celebração.O Concurso Singstar estará aberto à participação do público com apetecíveis prémios para os vencedores. Não deixa de ser mais um fim-de-semana muitíssimo aliciante no Clinic! É de ir!

MUSEU DA CIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COMEMORA 1º ANIVERSÁRIO

Na próxima quarta-feira, 5 de Dezembro, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra assinala o seu 1º ano de actividade, com uma série de iniciativas (A Bandeira Que Veio do Espaço, Descobre o Teu Céu, Ciência ao Vivo) que decorrerão a partir das 17 horas. Muitos parabéns e votos de muito mais anos com essa tão interessante e pedagógica actividade!

PORTUGAL JAZZ: GRANDE FESTA DO JAZZ NO CENTRO CULTURAL DE BELÉM

PORTUGAL JAZZ: GRANDE FESTA DO JAZZ NO CCB, na próxima terça-feira, 4 de Dezembro
PROGRAMA:11H00 PALCO DO GRANDE AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL DE BELÉM: Acção Didáctica “O Jazz trocado por miúdos” - ENTRADA LIVRE- 21H00
GRANDE AUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL DE BELÉM: Quartetos -Escola de Jazz do Barreiro, Hot Clube, ESMAE, Orquestra de Jazz de Matosinhos.
Para celebrar o primeiro ano desta iniciativa o “JACC – Jazz ao Centro Clube”, associação cultural responsável pelo Portugal Jazz, em parceria com o Centro Cultural de Belém, apresentam a “Grande festa do Portugal Jazz no CCB” que, no dia 4 de Dezembro, recuperará a fórmula repetida ao longo do festival oferecendo uma acção didáctica pela manhã e um grande concerto à noite. Convidámos a aclamada Orquestra de Jazz de Matosinhos, cuja actuação será antecedida por quartetos provenientes de três das maiores escolas de Jazz do país: Escola de Jazz do Barreiro, Escola de Jazz Luíz Villas-Boas – Hot Clube de Portugal e Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo (ESMAE).
Preços para o concerto das 21h00: Lugares sentados 10€ Lugares em pé € 6
O Nas Faldas da Serra aconselha e muito!

Thursday, November 29, 2007

OLGA PRATS LANÇA NOVO CD -PIANO SINGULAR- NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA

Vai ser lançado no mercado um novo disco de Olga Prats. Esse novo CD intitula-se Piano Singular, sendo editado pela Trem Azul, registando a participação de érgio Azevedo como director artístico e colaborador. O lançamento realizar-se-á na sala Amália Rodrigues do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no dia 3 de Dezembro, próxima segunda-feira, a partir das 18 e 30. Tomamos a liberdade de seguidamente publicar as faixas desse CD e as suas notas da pochette, escritas por Sérgio Azevedo.
O espírito do barroco

1. Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Les Tendres Plaintes - Rondeau [3'13'']

2. Georg Friedrich Haendel (1685-1759): Sarabande [2'10'']

3. Óscar da Silva (1870-1958): Dolorosa nº3 [3'03'']

4. Dmitri Chostakovitch (1906-1975): Prelúdio opus 87 nº1 [2'30'']

5. Johann Sebastian Bach (1685-1750): Gavottes I & II da Suite Inglesa em sol m [3'15'']

O espírito do romantismo

6. Franz Schubert (1797-1828): Trauerwalzer [1'54'']

7-10 Robert Schumann (1810-1856): Kinderszenen (Cenas Infantis), opus 15:

nº1 Von fremden Ländern und Menschen (De terras e gentes desconhecidas) [2'08'']

nº7 Traümerei (Sonhando) [2'51'']

nº13 Der Dichter spricht (Fala o Poeta) [2'49'']

nº9 Ritter vom Steckenpferd (Cavaleiro do cavalo de pau) [0'47'']

11. Johannes Brahms (1833-1897): Variações sobre um Tema de Paganini, opus 35 (2º caderno): Variação XII [1'48'']

12. Franz Liszt (1811-1886): En Rêve [2'36'']

13. Robert Wagner (1813-1883): Ankunft bei den schwarzen Schwänen (O Regresso dos Cisnes Negros) [4'59'']

O espírito ibérico

14. Padre José António [de San Sebastián] Donostia (1886-1956): Preludios Vascos: nº6 O 4;azez! - Dolor [1'48'']

15. Federico Mompou (1893-1987): Scènes d'Enfants nº5, Jeunes filles au jardin [3'18'']

16-18 Constança Capdeville (1937-1992): Visions d'Enfants:

nº3 Quand je serai soldat [0'42'']

nº4 Maman, j'ai vu dans la lune... [1'23'']

nº5 Humble danse des petits canards [1'22'']

19-20 Fernando Lopes-Graça (1906-1994): Cinco Embalos, LG 136 / 148:

nº4 [1'48''] *

nº5 [1'46''] *

O espírito da memória

21. Leoš Janáček (1854-1928): Na památku (Lembrança) [2'15'']

22. Luciano Berio (1925-2003): 6 Encores, nº3: Wasserklavier (Piano de água) [3'04'']

23. Arvo Pärt (n. 1935): Variationen zur Gesundung von Arinuschka (Variações para a convalescença de Arinuschka) [4'33'']

O espírito do povo

24. Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Chôro Típico nº1 (Chora violão) [4'01'']

25. João Maria Blanc de Castro Abreu e Motta (1914-1959): Olhos Negros - Fado [3'32''] *

26. Astor Piazzolla (1921-1992): Chris-talin - Tango [2'43'']

27. Chick Corea (n. 1941): Where have I loved you before - An improvisation [1'58'']

O espírito do futuro

28-29 Sara Claro (n. 1986): Nove Pequenas Peças

nº7 Balada [2'21''] *

nº9 Momento III [0'27''] *

30-31 Sérgio Azevedo (n. 1968): Duas Borboletas para Olga (para 2 pianos)

nº1 Tango Dolorido [2'11''] *

nº2 Valsa Realejo [1'59''] *

* estreias discográficas absolutas

Total: 1h 16'33'' (76'33'')

Texto para CD “Olga Prats – Piano Singular”, por Sérgio Azevedo

A Poesia Dentro de um Piano

Fazendo jus ao título deste CD (Muito próximo do título do livro que a editora Bizâncio publicou em Maio de 2007), Olga Prats conduz-nos numa viagem poética através do universo infinito da música escrita para teclado, uma viagem de três séculos e meio, que aqui se inicia com Rameau e Haendel, para continuar no presente com Berio e Piazzolla, e apontar para o futuro com Sara Claro. Uma viagem sem barreiras de estilos, épocas ou credos estéticos que, lado a lado com as formas clássicas da sarabanda, da gavota, da variação e do prelúdio, faz ouvir o fado, o tango, a valsa e o chorinho brasileiro.
Nesta viagem, como no vasto oceano, a linha do horizonte encontra-se sempre à mesma distância, por muito que na sua direcção caminhemos. Viagem sem rumo nem fim. Olga Prats detém-se no caminho, explora algumas veredas, afasta-se – por vezes quilómetros – do itinerário mais frequentado, Bach, Schumann, ou Brahms (que aceita, ainda assim, como a base do seu percurso), para conhecer – e nos dar a conhecer – clareiras e arvoredos esconsos, mas nem por isso (ou talvez por isso mesmo) menos belos: uma peça tardia de Liszt, uma raridade de Wagner, uma bagatela inspirada pela memória amorosa de Janacék, um quase que teatro musical em miniatura escrito por uma Constança Capdeville adolescente, ou um tango e uma valsa de Sérgio Azevedo dedicados a Olga Prats na forma de Duas Borboletas para Olga, essas criaturas evanescentes, símbolos de uma poesia alada e frágil, que a pianista tanto admira.
Este “piano singular” podia, aliás, intitular-se igualmente (usurpando o título de um dos ciclos pianísticos mais poéticos de Janacék), Por um caminho relvado, tal é a poesia romântica e misteriosa que se eleva das obras, escolhidas segundo critérios totalmente opostos à banal programação da maior parte de discos e concertos, que se obstinam em seguir apenas pelos caminhos já estafados do repertório, o qual, de tão explorado na mesma direcção, esconde a verdadeira riqueza e grandeza cósmica de um “corpus” absolutamente sem par em qualquer outro instrumento. Não houve praticamente um compositor, maior ou menor, que não tenha dedicado peças, uma que fosse, ao piano (ou ao cravo, o que vai dar ao mesmo, sendo que muito do repertório cravístico funciona igualmente bem, senão melhor, no piano moderno), sendo Berlioz, Verdi e Puccini as excepções clamorosas que confirmam a regra.
Para além do elevado número de obras para ele escritas, o piano, instrumento de eleição de maior parte dos compositores enquanto auxiliar da criação, serviu também de “diário” musical, diário onde os pensamentos mais profundos, íntimos e elevados encontraram a sua “madre” e aí fecundaram. Não admira pois, que compositores menos célebres, ou até de segundo plano, tenham igualmente deixado música admirável de poesia para o instrumento, e mesmo entre os não pianistas – como Wagner, conhecido sobretudo pelos seus dramas operáticos e pela técnica orquestral – tenham existido momentos sublimes imaginados para um instrumento que, ou não tocavam de todo, ou dominavam muito mal. A Chegada dos Cisnes Negros, desse mesmo Wagner, consegue em alguns minutos de música transformar o solitário piano num Bayreuth em miniatura, e as três vezes que o tema se faz repetir, no início e fim da peça, antecipam o Tristão e as três enunciações do presságio da morte com que se abre o audacioso terceiro acto do mais audacioso e romântico drama musical alguma vez escrito.

Não obstante a beleza que se desprende destas páginas, quantas vezes deparamos com uma tal obra programada? Ou com o enigmático En rêve, do velho Liszt? Ou ainda com esse hino à memória amorosa, nostalgia de um tempo irrecuperável, que é Recordação, de Léos Janacék, a última obra que o velho mestre escreveu, antes de se embrenhar debaixo de uma tempestade nos bosques morávios à procura do filho de Kamila, por amor de quem virá a falecer depois de uma pneumonia contraída nessa busca insana? E que dizer das despojadas e tragicamente simples Variações para a convalescença de Arinushka, de Arvo Pärt, escritas para a filha doente do compositor, do enigmaticamente aquático Wasserklavier de Luciano Berio, dedicado a um amigo querido, ou da liberdade agógica do maravilhoso Where have I known you before de Chick Corea?
São alguns destes tesouros de uma história da música muito diferente da história da música sem imaginação que povoa a maior parte das programações pianísticas, que Olga Prats nos oferece neste registo íntimo, pessoal, e inequivocamente singular, como ela também o é.
© Sérgio Azevedo, 2007 para Trem Azul
O Nas Faldas da Serra ainda não ouviu o CD, mas não hesita em aconselhá-lo aos seus visitantes e amigos. Sem espinhas!







ORQUESTRA SINFÓNICA ESART ACTUA NESTA SEXTA-FEIRA EM PALMELA

SOCIEDADE FILARMÓNICA HUMANITÁRIA DE PALMELA

apresenta

ORQUESTRA SINFÓNICA ESART
(Escola Superior de Artes Aplicadas)

30 NOV 2007 | 21.30H

- ENTRADA LIVRE -

Não vamos, mas aconselhamos!

Av. Doutor Godinho de Matos. 2950-252 Palmela -

Wednesday, November 28, 2007

RESTAURAÇÃO ROCK PARTY COM OS ENA PÁ 1640 EM LISBOA, NO MAXIME

Para comemorar os 367 anos da patriótica defenestração de Miguel de Vasconcellos, os Ena Pá 1640 levam à cena o concerto mais histórico da história! O Cabaret Maxime – sempre ele! – orgulha-se de mostrar ao mundo a Restauração Rock Party, um concerto único com uma banda única – Ena Pá 1640! A banda, composta por fervorosos patriotas (o baterista espanhol foi assassinado) está a ensaiar este espectáculo “ao segundo” no próprio palácio dos Almadas, para entrar em palco com a mesma fúria com que os revoltosos tomaram o Terreiro do Paço! Está até em preparação uma defenestração em miniatura: De uma pequena casa de bonecas – simbolizando a tirania espanhola dos Filipes – será atirado um pequeno boneco (ao que sabemos, uma reprodução de um toureiro) simbolizando o traidor. O baterista – português! – fará na ocasião um rufo de se lhe tirar o Miguel! Vamos então todos a essa Restauração Rock Party, um concerto dedicado a todos os que nos andam a comer – e nós a ver. Vamo-nos a eles! Olé! Irra! Apre! Homessa! (Será que esses Ena Pá 1640 são os mesmíssimos meninos dos Ena Pá 2000 e que o grande Manuel João Vieira anda com a mania que é o Nuno Álvares Pereira?). Só visto!

TEATRO CLIP CONTINUA ATÉ 2 DE DEZEMBRO NO TEATRO TABORDA

Teatro-Clip de Carlos J. Pessoa no Teatro Taborda faz as suas últimas apresentações até domingo, 2 de Dezembro, todas as noites, sempre às 21 e 30. As interpretação são deAna Palma, Beatriz Portugal, Carla Bolito, Fernando Nobre, Iolanda Laranjeiro, Miguel Mendes, Miguel Damião, Maria João Vicente e Pedro Lacerda. Texto, Encenação e Concepção Plástica: Carlos J. Pessoa, Dramaturgia: David Antunes, Música (Composição e interpretação): Daniel Cervantes, Cenografia e Figurinos: Sérgio Loureiro, Desenho de Luz: Miguel Cruz, Fotografia: Marisa Cardoso, Design Gráfico: Paula Cardoso, Direcção de Produção: Maria João Vicente, Produção: Bruno Coelho, Raquel Paz, Assistência de Produção: Iria Menut, Operação de Som: João Carmo, Operação de Luz: Alexandre Costa, Miguel Cruz.
« Teatro-clip é a nova peça do Teatro da Garagem, escrita e encenada por Carlos J. Pessoa. O conceito formal que atravessa as diferentes histórias desta peça é, como se deduz do título, o conceito de clip, ou melhor, de video-clip. Um video-clip é um número musical acompanhado de imagens que suportam, interpretam, exemplificam ou contradizem esse número musical, socorrendo-se para isso de características, mais ou menos comuns, a todos os video-clips: o ritmo descontínuo e fragmentado das imagens (clip significa corte); a coexistência de diferentes planos temporais e de acção; a repetição de um leit-motiv; a urgência de uma mensagem iconográfica e sonora e de uma paisagem emocional que, embora ambíguas ou não directas, se apresentam e experienciam num curto espaço de tempo, num instante ou momento. «São estas ideias que conferem uma unidade formal e conceptual aos diferentes clips de Teatro-clip que, não obstante serem suficientemente autónomos entre si, apresentam, no entanto, um nexo comum, isto é, todos eles se constituem, de algum modo, como histórias de amor, através de um estilo que se aproxima mais do registo poético do que do registo dramático. Teatro-clip é, por isso e sobretudo, uma genealogia do que pode ser amar ou ter um projecto, que é outra forma de dizer, que o simples acto de viver e realizar acções constituem um acto de amor, mesmo que isso, às vezes, implique a morte, a espera, a ingenuidade, a angústia, a dúvida, a recusa, o êxito, a loucura desmedida e a surpresa de cada dia, que assegura a nossa existência aqui e agora. » (David Antunes, fonte: site do Teatro da Garagem).
O Teatro da Garagem fica no Teatro Taborda, na Costa do Castelo, 75, em Lisboa... E a verdade é que vale mesmo a pena assistir a este espectáculo. Vale?

KLANGFORUM WIEN INTERPRETA NOVOS COMPOSITORES AUSTRÍACOS NA FUNDAÇÃO GULBENKIAN

A programação da Temporada de Música da Fundação Calouste Gulbenkian continua a surpreender, de quando em quando, o seu público com alguns concertos muito arejados e aliciantes. Esse será o caso do próximo sábado, 1 de Dezembro, às 19 horas, no Grande Auditório daquela fundação, em Lisboa. Em palco estará o Klangforum Wien, sob a direcção do maestro Sylvain Crambeling, para um concerto em que será interpretada música de Novos Compositores Austríacos. O concerto registará também a participação da soprano Sabine Lutzemberger e nele serão interpretadas composições de Olga Newirth, Georg Haas e Bernhard Lang, prometendo não deixar o público indiferente a essas novidades da música culta contemporânea austríaca. É de ir e ouvir!

O FAZEDOR DE TEATRO NO CENTRO CULTURAL DE BELÉM

Continua a decorrer em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, o ciclo Thomas Bernhard. A partir de hoje, 28 de Novembro, às 21 horas, esse ciclo ganha novo balanço, com a apresentação, hoje, amanhã (29) e sexta-feira (30), da peça de Thomas Bernhard: O Fazedor de Teatro. A representação estará acargo da Companhia de Teatro de Almada, com aclamada encenação de Joaquim Benite. Não menos aclamada foi a interpretação de Morais e Castro, no papel principal, glorificada em 2004 com o Prémio da Crítica. É mesmo a não perder!

Tuesday, November 27, 2007

FESTIVAL LOS ANGELES SONIC ODISSEY ESTREIA DUAS NOVAS COMPOSIÇÕES DO ALCOBACENSE PATRÍCIO DA SILVA

Começa na próxima sexta-feira, 30 de Novembro, a próxima edição do Los Angeles Sonic Odissey, festival essencialmente dedicado à música culta contemporânea. O festival decorrerá até Março do próximo ano, realizando-se os seus concertos em Pasadena, na Califórnia. A edição deste ano daquele festival volta a dar especial atenção à música do compositor alcobacense Patrício da Silva, residente há alguns anos na Califórnia, bem como à da sua mulher, a também compositora Jennifer Logan. O Los Angeles Sonic Odissey estreará logo na sua primeira noite o seu ciclo de computer music Artificial Life, de Patrício da Silva, de que o Nas Faldas da Serra já ouviu, muito deliciado, a sua parte essencial, sabendo também que o mesmo integrará um CD de música de Patrício da Silva que será editado nos E.U.A. durante o próximo ano. Na noite de sábado, 1 de Dezembro, será estreada naquele festival outra nova composição de computer music de Patrício da Silva, ainda sem nome atribuído, dado a sua conclusão ainda não se ter concretizado, embora Patríco da Silva garanta que ela será certamente uma composição de arrebatar! Força, Patrício!

JÁ NÃO HÁ MAÇÃS NO PARAÍSO, O NOVO LIVRO DE MAX TILMANN

Já Não Há Maçãs no Paraíso é o título do novo livro de Max Tilmann, pintor e dramaturgo, nascido a 4 de Abril de 1955 em Oldenburg (Alemanha). Estudou na Academia de Artes de Düsseldorf, influenciado pela obra e pela personalidade de Joseph Beuys. Vive em Londres desde 1985. O seu lançamento oficial será na próxima quinta-feira, 29 de Novembro, às 19 horas, em Lisboa, na Almedina Atrium Saldanha, com apresentação de João Paulo Cotrim. O livro estará à venda nos seguintes locais: Ao Sabor da Leitura (Moura), Book&Shop, Letra Livre, Matéria-Prima (Lisboa e Porto), Mongorhead, The Shoppe Bizarre, Utopia (Porto) e em Maadrid, na Panta Rhei e na Sens Entido, bem como no site da Chili Com Carne, com desconto de 20% para os seus sócios.
Feedback(s):
É na terra que tudo se constrói, mesmo as possíveis representações do céu. Se no livro anterior Max Tilmann invocava as palavras do profeta Jeremias, colocando a memória e a responsabilidade no centro de toda a hipótese de redenção, neste novo opúsculo é de William Blake a epígrafe que fornece as linhas de leitura: “O que é o homem?/ Toda a Luz que o Sol mostrar/ Depende do nosso Olhar”. As composições que mostram pessoas em diferentes momentos da sua vida sexual e da expressão do seu corpo – e que poderiam corresponder a uma ideia literal do ‘pecado original’, a maçã que expulsou Adão e Eva do paraíso – alternam em sequência com as imagens que parecem elencar os pecados do mundo: terrorismo, discriminação racial, estigmas sociais, doença mental, perigo nuclear, tudo o que a cruz não redimiu (e por vezes, assumida noutros sentidos, apenas agravou). Não há paraíso algum quando olhamos à volta, quando acompanhamos a sequência de imagens de Tilmann. Dependerá do nosso olhar, como se lê em William Blake, e dependerá sobretudo do que pudermos fazer com a responsabilidade e a memória do mundo que se encontram no eixo da retórica plástica e narrativa de Tilmann. Mas para o olhar que literaliza a ideia do pecado original, a maçã é apenas uma maçã, e muito provavelmente estará putrefacta. (pontuação máxima 10) Sara Figueiredo Costa / Os Meus Livros ... Se a maçã (do Paraíso) deve ser entendida como não somente o fruto proibido mas como aquele fruto que nos daria acesso ao conhecimento do Bem e do Mal, ou seja, um Verdadeiro Conhecimento, e portanto Para Além do Bem e do Mal, então poderemos ler este título de ecos tão bíblicos quanto o anterior como indicando ser possível um retorno ao Paraíso, através, quiçá, da sua reconstrução na terra, permitida pela tecnologia (um Paraíso 2nd life?), mas no qual jamais se poderá esperar reencontrar esse acesso, pecaminoso ou não. Não é possível saber. Tudo nos é permitido, mas é-nos vedado ser. (...) Pedro Moura / Ler BD
É de comprar e ler de fio a pavio!

Monday, November 26, 2007

AUDIBLE ARCHITECTURE (INCLUINDO ALCOBACENSE HUGO TRINDADE) APRESENTA SOUL TALK EM LISBOA, NO HOT CLUBE DE PORTUGAL

A música alcobacense (seja lá isso o que for) volta a estar de parabéns nos próximos dias 29 e 30 Novembro, e ainda 1 Dezembro, ou seja nas próximas quinta, sexta-feira e sábado. Nessas três noites, a partir das 23 horas, o palco do sempre pendular Hot Clube de Portugal, em Lisboa, na Praça da Alegria, acolherá o jazz eléctrico dos Audible Architecture, lustroso agrupamento que integra Luís Guerreiro -(trompete & flughel), o alcobacense Hugo Trindade (guitarras & loops), Aurélien Vieira Lino -(teclados, rhodes, samples), Eddy Slap ( baixo eléctrico) Marc Jung (bateria). Esses três concertos dos Audible Architecture terão como leit motiv a apresentação em Lisboa do seu recente CD Soul Talk, editado já este ano pela Free Code Jazz Records. Além do alcobacense Hugo Trindade, este blogue nutre também uma admiração muito especial pelo trompetista daquele agrupamento, o marinhense Luís Guerreiro, recordando ainda ter ele integrado, em 1991, os Estado Sónico, banda vencedora do I Concurso de Música Moderna de Alcobaça organizado pelo Bar Ben, vencendo na final os já então consagrados Ex-Votos... Força nesse jazz eléctrico, Audible Architecture!

ZOMBIE 5/12: THE RETURN OF THE LIVING DEAD! THIS IS NOT A MOVIE...

Já visitei inúmeras exposições. Dos mais diversificados géneros e tipologias. Durante muitos anos. Penso que chegou a minha hora de também apresentar uma exposição de minha autoria. E vou fazê-lo. Trata-se de uma exposição de onze painéis com uma série de 124 fotografias a cores sobre papel, que comemora vinte anos de colaboração na imprensa local, regional e nacional. Essa exposição intitula-se Zombie 5/12: The Return of The Living Dead! This is Not a Movie… Sendo apresentada ao público entre 1 e 15 de Dezembro de 2007, em Coz, no Bazar das Monjas. A ideia surgiu-me dos filmes de George Romero e da fotografia de John Baldessari. As minhas personagens aparentam ser naturezas mortas, estáticas, inertes… Todavia, receio que a noite lhes permita ganhar vida e circular por esse mundo fora… Chamo-me José Alberto Vasco e ficarei eternamente agradecido pela amável visita de todos os que pretendam compartilhar a minha suposta arte de representação visual. Vale?

LANÇAMENTO DE UM NOVO LIVRO QUE PROMETE MARCAR A DIFERENÇA: A CRIANÇA E O HOSPITAL

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, a Associação do Hospital de Crianças Maria Pia, o Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra e os autores Sílvia Álvares, Pedro Lopes Ferreira e Octávio Cunha, bem como a editora Mar da Palavra vão lançar, no Porto, o livro A Criança e o Hospital/Estudo dos Cuidados Hospitalares Pediátricos na Região Norte , em sessão pública a realizar na próxima quinta-feira, 29 de Novembro, pelas 17 e 30, no Salão Nobre do Centro de Cultura da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (Rua Delfim Maia, 405). A apresentação deste livro da autoria de Sílvia Álvares, Pedro Lopes Ferreira e Octávio Cunha – obra que dá continuidade à colecção "Qualidade de vida", sob a chancela da Mar da Palavra – será efectuada por Maria do Céu Soares Machado (Alta Comissária da Saúde, pediatra que prefaciou o livro). Promete marcar a diferença!

LENA D'ÁGUA DÁ FACADINHA NO MATRIMÓNIO, EM LISBOA, NO MAXIME

A história de Lena d’Água pode ser contada com flores. Começou em pleno flower power pós-25 dÁbril distribuindo rosas, lilases e miosótis com os Beatnicks. Seguiram-se vários anos de um casamento conturbado com o Rock’n’roll, perfumado com tulipas, sativas e girassóis, ao que se seguiu um divórcio sob o signo dos jacintos e das papoilas. Vieram depois tempos felizes de namorico e flirtação com o Jazz, aromatizados por orquídeas e lírios. Há um ano, Lena promove uma “despedida de solteira”, decorada com nenúfares e margaridas, e mergulha de cabeça num novo enlace… que não deu certo! Agora, Lena d’Água – ela própria uma flor – propõe-nos umas “facadinhas no matrimónio” numa encantadora ménage à trois,. Achamos muito bem! É que são umas “facadinhas” saborosas, com canções de Sérgio Godinho, Nóbrega e Sousa, José Mário Branco, ou Luis Pedro Fonseca! Com estes, sim, vale a pena arrancar pétalas às margaridas! Acompanhada por Filipe Melo (piano) e João Moreira (trompete), Lena vai regar com a sua própria Água as aquilégias da leviandade. A conferir na florista Maxime, à Praça da Celidónia, perdão, da Alegria, no próximo dia 30 de Novembro – uma noite de flores. Leve a sua!

Sunday, November 25, 2007

MOVIMENTO ANTI-TGV EM ALCOBAÇA JÁ TEM UM BLOGUE!

Pois é. A tal Rave parece continuar muito decidida a violentar uma parte substancial do concelho de Alcobaça, nomeadamente aquela onde resido, na freguesia de S. Vicente. Nunca gostei de raves de qualquer género, mas esta é claramente a pior e (social, financeira e ambientalmente) mais ofensiva que já vi (será do enxofre?). A reacção a esses potenciais esventradores do concelho de Alcobaça continua (felizmente!) , por mais que alguns (desgostosamente hipócritas) delegados do "nosso" socrático (no pior sentido) governo no nosso concelho continuem a tentar muito demagogicamente desmotivar... O Movimento Anti-TGV em Alcobaça continua de pedra e cal e até já aderiu à blogosfera! O movimento criou um blogue, cujo endereço é http://www.tgvnunca.blogspot.com e essa será certamente mais uma boa ajuda para todos os que se continuam a opôr aos desmandos socráticos (no pior sentido) da tal Rave. Vamo-nos a eles, antes que se faça tarde!

25 DE NOVEMBRO DE 1975: O FIM DO SONHO OU O INÍCIO DE UM NOVO PESADELO?

Faz hoje 32 anos que, durante a madrugada, pára-quedistas da Base Escola de Tancos se revoltaram e ocuparam as bases aéreas de Tancos, Monte Real e Montijo, tomando também o comando da 1ª Região Aérea, em Monsanto, onde prenderam o seu comandante, general Pinho Freire. Iniciava-se assim o golpe militar de 25 de Novembro, cujo desencadear acabaria por assinalar o fim do chamado Verão Quente de 1975, que se iniciara em 11 de Março do mesmo ano, em consequência de outro golpe militar. Os revoltosos desse dia haviam também controlado os acessos à auto-estrada do Norte e ao Aerporto da Portela, em Lisboa, junto ao Ralis, tendo também a Escola Prática de Administração Militar ocupado os estúdios da RTP. O clima de golpe militar vivia-se no país há algumas semanas e nessa mesma noite se registara a substituição de Otelo Saraiva de Carvalho por Vasco Lourenço no comando da Região Militar de Lisboa, facto que terá despoletado o arranque daquele golpe militar. A esperada reacção a essa tentativa de tomar o poder em Portugal seria potencializada por uma série de militares ligados ao chamado Grupo dos Nove, organizados em torno de Melo Antunes e Vasco Lourenço e comandados a partir de um centro operativo situado na Amadora, dirigido pelo então tenete-coronel Ramalho Eanes. O Regimento de Comandos chefiado por Jaime Neves acabaria por neutralizar, uma a uma, todas as unidades revoltosas, tendo-se mesmo registado três mortos no seu ataque ao Regimento da Polícia Militar, na Ajuda. Dois dias depois, os acontecimentos do 25 de Novembro são logisticamente encerrados, com a prisão de algumas dezenas de militares acusados de tentativa de golpe militar e com a nomeação de Ramalho Eanes como Chefe do Estado Maior do Exército, a título interino. Terminara o chamado Verão Quente de 1975, um período de 260 dias em que os portugueses tinham vivido entre o sonho e o pesadelo...
Os visitantes e amigos deste blogue lembrar-se-ão ainda certamente das postagens que aqui foram publicadas em 30 de Junho, 21 de Julho e 16 de Agosto deste ano, relembrando momentos fulcrais daquele período em Alcobaça. Ainda ontem, se registou na Rádio Cister de Alcobaça uma muito bem sucedida emissão especial do programa Publicamente, realizado e apresentado por Piedade Neto, que foi dedicada àquele período. Os convidados daquela emissão foram José Alberto Vasco, José Costa Pombo, Paulo José Moniz e Rui Baltazar, cujos testemunhos sobre aquela época em Alcobaça foram inquestionavelmente muito interessantes e esclarecedores, embora ainda tivesse ficado muita coisa por esclarecer...
Quanto a mim, José Alberto Vasco, a verdade é que tal como já aqui escrevi, iniciei o Verão Quente de 1975 como activo simpatizante organizado de um movimento trotzquista fundado em Coimbra, em Dezembro de 1973, a LCI, que era àquela época o maior e mais activo movimento de extrema-esquerda em Alcobaça. Curiosamente, muitos anos depois, dois dos seus activistas acabariam por ser Presidentes da Assembleia Municipal de Alcobaça, eleitos em representação do PSD. Tal como escrevei numa das postagens anteriormente referidas, o desenrolar daquele período, o chamado PREC (Processo Revlucionário em Curso), acabou por lentamente desencadear em mim um não menos enriquecedor período de reflexão interna e pessoal, durante o qual fui colocando muitas dúvidas a mim mesmo sobre as fundamentações da minha actividade política... Acabei por abandonar toda a actividade política que havia exercido em termos de organização partidária, enveredando por outro género de actividade, apenas enquadrado na defesa de motivações sociais. Uma dessas, foi, àquela época, a da organização de um movimento que lutava pela implantação do 7º ano (posteriormente 11º) liceal nocturno na Escola Secundária de Alcobaça. Foi essa a mtivação que me fez então deslocar várias vezes a Lisboa, ao Ministério da Educação, juntamente com outros elementos daquele movimento. Infelizmente, uma dessas deslocações acabaria por quase ficar definitivamente marcada pela morte, quando em 15 de Outubro desse ano, eu, o Carlos Sousa, o Vítor Pedrosa e o Duarte Areias nos dirigíamos a uma dessas reuniões no Ministério da Educação em Lisboa. Tivemos então um gravíssimo acidente de viação, na Ota, e ainda hoje parece impossível, ver o estado em que o Morris em que nos deslocávamos ficou e saber que os seus quatro ocupantes dali saíram cm vida, após violent embate contra um potente camião... A última coisa de que me lembro nesse dia foi de termos tido um furo, em Alcoentre, no cruzamento da Ponderosa. Pouco tempo depois ter-se-ia registado o tal violento embate, de que não me recordo, em virtude de um traumatismo craniano então sofrido ter apagado em mim a memória desses terríveis instantes, de que saí também com um braço partido. Vivi então alguns dias entre a vida e a morte, primeiro no Hospital de Vila Franca de Xira e depois no Hospital de Santa Maria. Conheço pelo menos duas pessoas que então telefonaram para esses hospitais e a quem responderam que eu já havia morrido... Felizmente, tanto eu como os meus três empenhados amigos sobrevivemos a esse acidente, embora na minha memória apenas subsistam os dias a partir da segunda quinzena de Novembro, quando regressei a casa dos meus pais, em Alcobaça, já livre das piores consequências físicas daquele acidente, mas ainda em fase de recuperação. Foi assim que o dia 25 de Novembro me apanhou de braço a peito... Recordo-me de que era um dia de chuva, escuro como o são muitos dias de Novembro... Quando saí de casa e cheguei à rua, dirigindo-me ao café do Arco de Cister, fui-me apercebendo, pouco a pouco, de que algo de muito grave se passava nesse dia em Portugal... E eu, vageando por Alcobaça, de braço ao peito, quase sem saber o que fazer ou o que me poderia acontecer... Fui acompanhando, muito apreensivo, o desenrolar dos acontecimentos desse dia... E a verdade é que então me apercebi, algo difusamente, que certamente se chegara ao fim de um sonho e muito provavelmente ao início de um novo pesadelo... Felizmente, acabaria por também me aperceber, mais claramente, de que o futuro de Portugal se começara finalmente a desenvolver a partir desse dia escuro e tão agitado...