Thursday, May 04, 2006

ESPAÇOS ADEPA, A REVISTA DE PATRIMÓNIO QUE LUMINOSAMENTE REGRESSA AO ENTARDECER

Dez anos depois da sua primeira edição, a Espaços Adepa/ Revista de Património regressa na tarde do próximo sábado, 6 de Maio (às 17 horas) ao convívio com os seus leitores, na Sala do Capítulo do Mosteiro de Alcobaça, apresentando uma sua segunda edição que logo à primeira vista seduz, não só pela sua surpreendente capa, que reproduz uma espectacular pintura a óleo sobre tela de autoria de José Eduardo Santos Costa, mas também pela sua sua notável melhoria em termos de qualidade gráfica, agora da responsabilidade do designer Marco Correia. Mantendo apenas quatro dos seus colaboradores de há dez anos (António Valério Maduro, Carlos Mendonça da Silva, Levi Condinho e José Alberto Vasco), a Espaços Adepa conta agora também com a colaboração de uma série de outros pesos-pesados do património local como José Eduardo Oliveira, Leonor Carvalho, Margarida Pires, Pedro Tavares e Rui Rasquilho, entre outros, com a feliz e muito especial particularidade de nesta sua segunda edição apresentar um saudável e meritório equilíbrio entre os espaços urbanos e os espaços rurais do concelho de Alcobaça, dando uma florescente e refrescante atenção ao estudo, protecção e divulgação do seu património pré-histórico e ambiental. Espera-se que entre esta segunda e uma sua provável terceira edição medeiem bem menos que os dez anos de intervalo entre as duas primeiras... Alcobaça agradece, não é? Vamos lá a ver é se retribui...

Monday, May 01, 2006

COMEMORAR ADEQUADAMENTE O 25 DE ABRIL

Neste 1º de Maio de 2006 não posso deixar de aqui louvar e aplaudir o facto de este ano a Assembleia Municipal de Alcobaça se ter finalmente decidido a comemorar condigna e adequadamente o 25 de Abril. Torneando literalmente as descaracterizadas comemorações de anos anteriores, aquela instituição decidu este ano incluir nas Comemorações do 32º Aniversário do 25 de Abril em Alcobaça o lançamento do livro 25 de Abril- Concurso Literário, onde são publicados os poemas concorrentes ao concurso que a mesma Assembleia Municipal organizara em 2004. Foi um modo bonito e adequado de comemorar uma data e um acontecimento que permitiram que a partir de então os poetas e todos os outros intelectuais portugueses pudessem desenvolver a sua criatividade sem comissões de censura e polícias políticas a importunar o seu trabalho e os seus ideais políticos e literários. O mote daquele concurso literário era o 25 de Abril e o seu género era o poético, e a partir de agora os trabalhos apresentados a concurso já estão disponibilizados ao público através da sua edição em livro. Num blogue que este ano também comemorou o 25 de Abril com um enquadramento literário, não podia terminar este post sem aqui publicar um dos poemas incluidos naquele livro, tendo escolhido precisamente o soneto de autoria de Glória Marreiros que foi distinguido com o 1º prémio naquele concurso, nessa categoria poética:


EU SOU

Eu sou a voz do povo, a companheira
Do canto universal das primaveras,
Onde cintilam olhos como esferas
Na solidão dum campo de poeira...

Cruzo o espaço da noite, sem canseira;
Dou ensejos às vidas mais austeras;
Vejo o rubro sol-pôr, onde as quimeras
São madrugada intensa e verdadeira.

Sou um cravo de Abril que sempre viça
No jardim da verdade e da justiça
Que visiona, até, o Inconsciente...

Sem álgidas neblinas no meu Ser
Sou liberdade e voz e sou Mulher
Que quer um pão igual p'ra toda a gente!