Friday, October 29, 2010

MARCO PIRES EXPÕE X, Y, Z NO PORTO, NA GALERIA PEDRO OLIVEIRA

Galeria Pedro Oliveira . Calçada de Monchique, 3 . Porto

MARCO PIRES
X, Y, Z

INAUGURAÇÃO SÁBADO 30 OUTUBRO 16H
2 NOVEMBRO – 11 DEZEMBRO 2010

TERÇA - SÁBADO 15-20H

A Galeria Pedro Oliveira tem o prazer de apresentar X, Y, Z, a terceira exposição individual de Marco Pires na galeria. A fórmula presente no título sintetiza as coordenadas que estão na origem da concepção cartesiana de entendimento do espaço e as relações entre os seus objectos.
A exposição distribui-se pelas três salas, com trabalhos de séries distintas que o artista trabalha em simultâneo, e que são exibidas numa lógica que pretende criar relações em lugar de se apresentarem individualmente. Se num primeiro momento se criam correspondências com o espaço social e a sua relação com a arquitectura e geometria, assistimos na segunda sala à destruição de coordenadas que induz à deriva. Num terceiro momento, a par de uma série de desenhos, surge um trabalho com uma dimensão documental, ainda que ficcionada. É apresentada em formato de livro e fotografias.
O corpo de trabalho de Marco Pires e em particular no campo do desenho desenvolve-se segundo um movimento dialéctico de tese e anti-tese ou de afirmação-negação. Esta práctica parte da utilização e recontextualização de documentos e imagens que o artista vai recolhendo para depois intervencionar, suspendendo os seus atributos científicos e introduzindo camadas de novas possibilidades e leituras, numa dimensão onde o erro, a hesitação e a deriva emergem. Esta recontextualização de elementos pré-existentes encontra um paralelo na práctica do détournement (desvio), que antes ainda de ser sistematizada e estudada nos textos da Internacional Situaccionista tinha surgido décadas antes com o uso da collage, introduzida por Picasso no início do sec. XX e reutilizada pelos dadaístas e surrealistas misturando textos, pinturas e imagens de toda e qualquer proveniência numa tentativa de subversão dos valores estéticos burgueses da época. Não é esta obviamente a intenção de Marco Pires, até porque historicamente a práctica do détournement como subversão evoluiu e acompanhou as revoluções sociais e artísticas, fundido-se na história da música com o punk e o do-it-yourself, acabando por ser absorvido pelo sistema capitalista que questionava.
O que é relevante para Marco Pires é a recuperação de um sistema lúdico que advém da possibilidade de desenvolver novos paradigmas baseados em relações e associações nos objectos e documentos de onde parte, negando e simultaneamente dando a ver de novo, criando novas leituras.
A série de desenhos de pequeno formato e as pinturas homogéneas de formas geométricas e monocromáticas sobre fotografias dão corpo a este estudo sobre o desvio. Os primeiros num registo tenso de linhas que relacionam elementos orgânicos e geométricos. As segundas, pinturas monocromáticas sobre fotografias apagam os documentos geográficos que permanecem por baixo.
Na segunda sala, em “3 Monocromos, da série O mapa de Bellman’s” encontramos no título uma referência directa a um conto de Lewis Caroll, “The hunting of the Snark” (A caça ao Snark) de 1876. O capitão que empreende esta caçada fornece à sua tripulação um mapa para auxiliar a condução da tarefa. Absurdamente este mapa apenas representa mar, ilustrando literalmente o vazio. Uma superfície uniforme, uma página em branco. Para Stefan Kanfer este poema existencial e absurdo representa a agonia da humanidade perante a ausência de coordenadas, que conduz à sua deriva. Esta busca fundamental para o homem, esconde o horror do seu falhanço.
A série de trabalhos intitulada “Topoi” é apresentada nesta exposição na forma de um livro contendo 14 fotografias a cores, duas delas impressas e em exibição na parede e na projecção de um diapositivo. “Topoi” é o plural de topos, expressão de origem grega que no início da década de 60 serviu a Alexander Grothendieck para definir um objecto matemático que auxilia a identificação de um lugar, suportado pela sua teoria de “étale cohomology”.
Segundo o artista esta série representa uma evolução no seu processo de trabalho. Até aqui pautado por modelos de pesquisa-investigação, trabalho de estúdio, entendido como laboratório que não lida directamente com os seus objectos de estudo. Esta série promove agora incursões directas, cuja materialização encontra na fotografia o meio mais privilegiado para o fazer. Este exercício prevê incursões pedológicas, psicogeográficas, ou ainda registos de estúdio. Podemos encontrar um objecto de design industrial, tipos de vegetação ou solo, estruturas de comunicação ou transporte, extracção de matéria prima, uma habitação ou um retrato, criando um atlas de imagens que constituem um índice do meio físico e social à semelhança das ilustrações científicas presentes nos antigos livros de geografia.
Marco Pires (1977) licenciou-se em 2001 em Artes Plásticas-Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, expondo regularmente desde então. A sua obra encontra-se representada nas colecções da Fundação PLMJ (Lisboa), Junta de Extremadura (Espanha), colecção Rios (Lisboa) ou colecção PCR (Lisboa), para além de outras colecções privadas em Portugal, Espanha, Holanda e França.

Absolutamente imperdível!

ARMAZÉM DAS ARTES, EM ALCOBAÇA, INICIA CICLO DE CONFERÊNCIAS NO ÂMBITO DA EXPOSIÇÃO QUEM FEZ A REPÚBLICA / A REPÚBLICA EM ALCOBAÇA

Armazém das Artes . Alcobaça

Exposição
Quem Fez a República . A República em Alcobaça

Ciclo de Conferências

30 de Outubro (18h00) - Isabel Xavier

Iconografia republicana na cerâmica das Caldas da Rainha


6 de Novembro (18h00) - Rui Vieira Nery

As Músicas da República


20 de Novembro (18h00) - Leonor Carvalho

A República em Alcobaça


4 de Dezembro (18h00) - João Serra

República e republicanismo: os valores da República

É de ir!

CEDECE DESPEDE-SE DE ALCOBAÇA, NO CINE-TEATRO. HOJE MESMO.

A CeDeCe / Companhia de Dança Contemporânea, atingiu a maioridade e está de saída de Alcobaça, onde foi companhia residente durante seis anos. Durante este fim-de-semana a companhia comemora os seus 18 anos com uma noite de dança e uma conferência. Hoje, 29 de Outubro, apresenta no palco do Cine Teatro de Alcobaça João D’Oliva Monteiro os bailados “Antes do Sonho”, de Stasa Zurovac, “Pão de Brites”, de Fernando Duarte”, “Sorriso” e “Amanhã”, de Maria João Pires, e “Pedra Filosofal”, coreografado por António Rodrigues. Pelo palco vão passar os oito bailarinos que actualmente compõem o elenco da CeDeCe: Patrícia Silva, Catarina Correia, Joana Puntel, Vanessa Vieira, Rafaela Reis, Luciano Fialho, Hanna van der Meer e Uriel Assis. O espectáculo tem início às 21h30 e promete voltar a demonstras a classe e o saber fazer de uma companhia a quem a dança nacional muito deve. Amanhã, 30 de Outubro, o professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, Fernando António Baptista Pereira, vai estar no pequeno auditório do Cine-Teatro para falar sobre “Os Ballets Russes e as Vanguardas Artísticas”, comunicação que se prevê muitíssimo interessante.
Nesta hora de despedida da CeDeCe de Alcobaça, o Nas Faldas da Serra felicita Maria Bessa e António Rodrigues pelo seu amor à sua arte e pela maneira decidida como continuam a tudo fazer para a trazer até ao público na sua máxima qualidade. Bem hajam!

Sunday, October 24, 2010

FLEMING DE OLIVEIRA APRESENTA NO TEMPO DE SOARES, CUNHAL E OUTROS. O PREC TAMBÉM PASSOU POR ALCOBAÇA

Auditório da Biblioteca Municipal . Alcobaça
Sábado . 30 de Outubro . 15 horas

Apresentação do Livro
-No Tempo de Soares, Cunhal e Outros. O PREC Também Passou Por Alcobaça-
de
-Fleming de Oliveira-

o evento será presidido por Paulo Inácio e terá locução de Piedade Neto,
incluindo um momento musical pelo Ensemble Renascença

Absolutamente imperdível!