Saturday, May 01, 2010

CASA DA MÚSICA HOMENAGEIA ÁUSTRIA DURANTE O MÊS DE MAIO

Maio é um mês em que se intensifica a homenagem à Áustria enquanto País Tema da Casa da Música em 2010. Da Música no Divã, série de conferências comissariadas pelo psiquiatra Júlio Machado Vaz e que vai tratar o cruzamento entre a actividade musical e a investigação científica, com a participação de músicos como Pedro Burmester, Rui Reininho, Sérgio Godinho, Emmanuel Nunes ou Emílio Pomàrico, às duas sinfonias de Mahler, a 6ª e a 3ª, passando ainda por concertos da Orquestra Barroca Casa da Música, de Emanuel Ax, Coro Casa da Música ou Remix Ensemble, motivos não faltam para lá ir testemunhar porque é considerada a Áustria o país da música por excelência.

Domingo . 2 de Maio . 12 horas . Sala Suggia

É por sinfonias como esta que Mahler é o compositor preferido de muitos melómanos. Perfeita no seu sentido de estrutura clássica, a Sexta Sinfonia está rodeada por uma aura de mistério por ter prenunciado acontecimentos trágicos na vida do compositor. Mahler revelou que o herói desta sinfonia "recebe três golpes do destino, o último dos quais o abate como a uma árvore." Toda a riqueza temática desta Sinfonia será explicada com exemplos da Orquestra Nacional do Porto.

ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO
Takuo Yuasa
direcção musical

Gustav Mahler
Sinfonia nº 6 (excertos)

É de ir!

PLATAFORMA DE ASSOCIAÇÕES E AGENTES CULTURAIS DE SINTRA APRESENTA-SE NO LARGO DA FEIRA DE SÃOPEDRO

No domingo, 2 de Maio, entre as 10 e as 20 horas – no Largo da Feira de São Pedro em Sintra, tomará lugar a primeira apresentação pública da Plataforma de Associações e Agentes Culturais de Sintra (PAACS).

Será um dia com espectáculos de teatro, marionetas, música ao vivo, workshops, debates, artesanato entre muitas outras actividades. Uma oportunidade única para no mesmo local conhecer uma parte bem representativa do tecido cultural Sintrense, e os propósitos que nos unem em torno da PAACS.

O Teatro TapaFuros estará presente com a apresentação de Greguerias, o Que Gritam as Coisas a partir de textos de Ramon Gomez de La Serna, pelas 17h30 na Galeria Real.

É de ir!


PEDRO AMARAL ESTREIA ÓPERA O SONHO, EM LISBOA

Fundação Calouste Gulbenkian . Lisboa . Grande Auditório
Segunda-Feira . 3 de Maio . 21 horas

O Sonho
Estreia da Ópera de Pedro Amaral sobre texto de Fernando Pessoa

LONDON SINFONIETTA
PEDRO AMARAL (maestro)
FERNANDA LAPA (encenação)
CARLA CARAMUJO (soprano)
ÂNGELA ALVES (soprano)
SARA BRAGA SIMÕES (soprano)
JORGE VAZ DE CARVALHO (barítono)

Pedro Amaral
O Sonho *
ópera de câmara sobre texto de Fernando Pessoa (fragmentos para Salomé)

(*) 1ª Audição em Portugal - Encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian / Serviço de Música - Co-produção do Serviço de Música e da Delegação da Fundação Calouste Gulbenkian no Reino Unido.

às 19h, Aud. 3
Mesa redonda com:
Pedro Amaral, Fernanda Lapa e Teresa Rita Lopes
Aud. 3 (entrada livre)

É de ir!

Friday, April 30, 2010

BODIES IN URBAN SPACES - UM PERCURSO DE ESCULTURAS HUMANAS - PELAS RUAS DE ALCOBAÇA

Bodies in Urban Spaces - Um Percurso de Esculturas Humanas

Esculturas Humanas Percorrem 21 Locais de Alcobaça
Início na Praça João de Deus Ramos

Domingo . 2 de Maio . às 11 e às 15 horas

BODIES IN URBAN SPACES . CIE WILLI DORNER

[Áustria]

É um caminho em movimento, coreografado para um grupo de bailarinos. Os artistas conduzem a audiência através de partes seleccionadas de espaços públicos e semi-públicos. Uma cadeia de intervenções físicas montadas muito rapidamente e existindo apenas de um modo temporário, que permite ao espectador compreender o mesmo espaço ou lugar de um modo novo e diferente – correndo.

As intervenções acontecem no dia 2 de Maio em dois espaços temporários distintos: às 11h e às 15h00, com início marcado para a frente do Cine-Teatro de Alcobaça. A qualidade especial de cada lugar em diferentes alturas do dia cria apresentações únicas. Esta intervenção convida os habitantes a passearem na sua própria cidade e, deste modo, estabelecer uma relação mais forte com o seu bairro e a sua localidade. As intervenções são temporárias e não deixam qualquer tipo de rasto para trás, apenas um conjunto de fortes memórias impressas em quem as viu. Os intérpretes conduzem o público através de locais públicos e semi-públicos.

Ficha Artística:

Concecepção e Coreografia: Willi Dorner

Assistência: Michael O’Conner

Interpretação: participantes locais

Fotografia: Lisa Rastl

Absolutamente a não perder!

MAIO, MÊS DA SAÚDE, NAS COLECTIVIDADES DO CONCELHO DE ALCOBAÇA

DOMINGOS
DAS 9H30 ÀS 13H00

SAÚDE NAS COLECTIVIDADES DO CONCELHO DE ALCOBAÇA

COLHEITA DE SANGUE PELO INSTITUTO PORTUGUÊS DO SANGUE

Rastreios de colesterol, glicemia, pé diabético, tensão arterial
Índice de massa corporal e conselhos alimentares

Esclarecimentos sobre Reciclagem / Compostagem

Actividade Física

Divulgação plano controlo de animais potencialmente perigosos, campanha de vacinação anti-rábica e identificação electrónica ano 2010

Plano de contingência de gripe aviaria, saúde publica veterinária e REAP (regime exercício da actividade pecuária)

2 DE MAIO – Valado de Santa Quitéria - Associação Recreativa e Desportiva Quiterense

9 DE MAIO – Associação Bem-estar Social e Recreativa de Alpedriz

16 DE MAIO – Vestiaria - Sociedade Filarmónica Monsenhor José Cacella

23 DE MAIO – Carvalhal de Turquel – União Recreativa de Carvalhal de Turquel

30 DE MAIO – Vimeiro – Círculo de Arte Cultura e Desporto do Vimeiro

(com a colheita de Sangue pelo Instituto português do sangue)

É de aproveitar!




PASSEAR COM A QUÍMICA, NO MUSEU DA CIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

Trilhos


Agora que começa a ficar bom tempo propomos-te que saias de casa com a tua família e amigos para fazer um passeio pedestre pelos lugares à volta do Museu da Ciência e da Universidade de Coimbra à procura da surpreendente ciência que podemos encontrar fora dos edifícios, nas ruas

e nos jardins.



As sessões decorrem num domingo de cada mês das 11h00 às 12h00 e são orientadas por diversos investigadores da Universidade de Coimbra.


2 de Maio . PASSEIO COM A QUÍMICA
Sérgio Rodrigues (Dep. de Química da FCTUC)
O primeiro passeio tem como tema a Química. Da pia da pólvora do Chimico à Porta Férrea, passando pela Rua Larga, vamos sair para a rua à procura de algumas moléculas e materiais que nos rodeiam e das histórias curiosas que têm para nos contar.

- preçário geral do Museu
- 11h00-12h00
- marcação prévia
- inscrições limitadas (20/25 participantes)

É de ir!


ACROLAT' HOMENAGEIA DIA DA MÃE, EM CONCERTO, EM VILA REAL

»»«Homenagem ao "Dia da Mãe"»««
2 Maio pelas 17h <> Teatro de Vila Real

A Orquestra Ligeira ACROLAT’in neste Domingo,
vai realizar um concerto em Celebração ao “Dia da Mãe”

A entrada é livre!
Nota:
…é necessário as pessoas levantarem o bilhete com antecedência,
tendo em conta limitação do Grande Auditório do Teatro de Vila Real.

É de ir!

Thursday, April 29, 2010

CATARINA DAMASCENO ORGANIZA WORKSHOP DE BIJUTERIA ARTESANAL NA PEQUENA TERRA, EM VALADO DOS FRADES

Workshop de Bijuteria Artesanal
organizado
por
Catarina Damasceno
(www.fios100conta.no.sapo.pt)
Sábado . 1 de Maio . das 15 às 18 horas
destinado a crianças dos 5 aos 16 anos
Pequena Terra . Quinta da Lezíria . Valado dos Frades
(www.pequenaterra.com)
15 euros por participante (lanche e materiais incluídos)
É de participar!

EL MARIACHI EM DJ/SET NO BARREIRO, NO ALBURRICA BAR

EL MARIACHI

[dj set]

Alburrica Bar – Barreiro

Sexta-Feira . 30 de Abril . a partir das 23.58h

- Entrada Livre -

É de ir!

VAI-SE ANDANDO, NO CENTRO CULTURAL GONÇALVES SAPINHO, NA BENEDITA

Centro Cultural Gonçalves Sapinho . Benedita

Vai-se Andando - 1 de Maio

com José Pedro Gomes

encenação: António Feio


José Pedro Gomes, depois do espectáculo «Coçar Onde É Preciso», em 2005, continua a tentar perceber o que faz de nós um povo tão especial. Realmente, que nos leva a conseguir fazer coisas que mais ninguém faz?

De uma forma que noutros países tem resultados totalmente diferentes. O que nos faz sermos melhores ou piores do que os outros? O que nos faria ser muito melhores? Quais são as pequenas arestas a limar para ficarmos perfeitos? É nos pormenores que nos distinguem dos outros povos que José Pedro Gomes se volta a debruçar, com a ajuda de vários portugueses que têm opiniões muito interessantes: Alberto Gonçalves, Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva, Nuno Markl. O resultado é «VAI-SE ANDANDO» numa encenação de António Feio.

Encenação: António Feio
Textos: Eduardo Madeira, Filipe Homem Fonseca, Henrique Dias, Luísa Costa Gomes, Marco Horácio, Nilton, Nuno Artur Silva, Nuno Markl
Cenário: Marta Carreiras
Música: Alexandra Manaia
Vídeo: Tiago Forte
Figurinos: Bárbara Gonzalez Feio
Desenho de Luz: Luís Duarte
Ass. Encenação: Sónia Aragão

É de ir!

MAZGANI NO CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DE CALDAS DA RAINHA

Centro Cultural e Congressos . Caldas da Rainha . Grande Auditório
Sábado . 1 de Maio . 21h30
Mazgani

Mazgani é um cantautor Luso-Iraniano, que deu início à sua carreira com a edição do álbum "Song of the new heart" no final de 2007 e foi considerado um dos 20 melhores novos artistas musicais da Europa pela revista Les Inrockuptibles”.

Depois do seu primeiro disco ter sido aclamado pela crítica especializada, em Abril o cantor lançou aquele que é o seu segundo disco de originais, “Song of Distance”.

Contando novamente com a produção de Pedro Gonçalves e Hélder Nelson, Mazgani e seus cúmplices recolheram-se no campo e entre caminhos de cabras e olivais, montaram um estúdio improvisado num dos espaços do CENTA (Centro de Novas Tendências Artísticas), tendo gravado 14 canções em cerca de 10 dias.

A ambição era encontrar a paixão e a verdade de cada desempenho, a vida de cada canção. O resultado é um disco despojado e nú, que expõe uma voz que canta a solidão dos grandes amores, a falta, a queda e a urgência.

A sua música pode ser descrita como uma análise poética dos sentimentos mais profundos na nossa vida: o amor, como uma geografia de desejo e prece;a queda e o sofrimento, a culpa e a solidão, são cantados pela sua voz ímpar, de paixão rara, num profundo anseio pela luz e a transcendência.

Shahryar Mazgani começou a cantar em 2004, com Leonard Cohen, Nick Cave e Tom Waits como alguns pontos de referência da sua voz artística.

Para além da poesia e da intensidade dos seus temas, que já apresentou ao vivo pelo território nacional ao longo destes anos, tanto em actuações a solo como em concertos com a sua banda, Mazgani conta também com uma presença em palco digna dessas referidas referências.

A revista de referência “Les Inrockuptibles”, em França, já deu a sua opinião: Mazgani foi considerado um dos 20 melhores novos artistas musicais da Europa.

No final de 2008, o International Songwriting Competition, onde figuram nomes como Tom Waits e Jerry Lee Lewis no painel de juízes, premiou com o terceiro lugar o tema "Somewhere Beneath This Sky".

Concorreram a esta competição 16 mil artistas de todo o mundo.

2009 foi um ano repleto de actividade: o lançamento do EP "Tell the People" – uma edição Optimus Discos, e a edição internacional "Ladies and gentleman, introducing Mazgani".

Esta colectânea reúne 5 temas do EP “Tell the People” e 5 temas do primeiro álbum, bem como, o tema inédito “Slaughterhouse of Love”.

Este lançamento foi motivo de várias digressões pelo BeNeLux e Escandinávia,

Em Abril de 2010, Mazgani lança aquele que é o seu segundo disco de originais “Song of Distance”.

Contando novamente com a produção de Pedro Gonçalves e Hélder Nelson, Mazgani e seus cúmplices recolheram-se no campo e entre caminhos de cabras e olivais, montaram um estúdio improvisado num dos espaços do CENTA (Centro de Novas Tendências Artísticas), tendo gravado 14 canções em cerca de 10 dias.

A ambição era encontrar a paixão e a verdade de cada desempenho, a vida de cada canção. O resultado é um disco despojado e nú, que expõe uma voz que canta a solidão dos grandes amores, afalta, a queda e a urgência.

Shahryar Mazgani (voz, guitarra); Sérgio Mendes (guitarra); Pedro Gonçalves (guitarra); Victor Coimbra (baixo); Marco Franco (percussão)

É de ir!

Wednesday, April 28, 2010

BANDA DE ALCOBAÇA PARTICIPA NO 3º CONCURSO DE BANDAS DO ATENEU VILAFRANQUENSE

A Banda de Alcobaça participa no dia 30 de Abril, esta sexta-feira, no 3.º Concurso de Bandas do Ateneu Vilafranquense. No ano em que comemora os seus 90 anos, a Banda de Alcobaça é a única banda do concelho a participar neste concurso, que é também o único concurso de bandas do país. A actuação está prevista para as 23h09 no Auditório do Ateneu Artístico Vilafranquense, estando os sócios da Banda de Alcobaça, desde já, convidados a assistir à actuação. Para o efeito disponibiliza-se transporte gratuito, com partida à frente dos Correios, na Praça 25 de Abril, em Alcobaça, às 19h00. A inscrição, sujeita aos lugares disponíveis, deve ser feita através dos telefones 262 597 611 / 962 543 544.
O espectáculo é para maiores de 6 anos e o bilhete custa 2€. É de ir!

ROGÉRIO RODRIGUES APRESENTA AVALIAÇÃO COMUNITÁRIA DE UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS. DA FUNCIONALIDADE À UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS, EM LISBOA

O Centro de Recursos em Conhecimento (CRC) do Instituto da Segurança Social, I.P., tem o prazer de convidar V. Exa. para a sessão de divulgação da publicação “Avaliação comunitária de uma população de idosos. Da funcionalidade à utilização de serviçosde Rogério Rodrigues. Rogério Rodrigues, Doutorado em Ciências de Enfermagem, Professor Adjunto na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. e investigador nas áreas de Bem-Estar, Saúde e Doença, Sistemas e Organizações de Saúde. A sessão terá lugar no próximo dia 30 de Abril, pelas 16h00, no Auditório do ISS, I.P., na Rua Castilho, n.º 5 – R/C, Lisboa. É de ir!

Tuesday, April 27, 2010

PLATAFORMA REVÓLVER INAUGURA NOVAS EXPOSIÇÕES, EM LISBOA

Plataforma Revólver . Rua da Boavista, 84 . Lisboa

LUIS ALEGRE
PLAY THEM
Artistas convidados: José Maças de Carvalho e António Olaio
29 de Abril a 19 de Junho 2010
Inauguração: 29 de Abril às 22h

Não constitui uma grande novidade que nos últimos anos tem havido uma proliferação de filmes que utilizam o computador como tecnologia de animação para a criação de efeitos que pretendem ser extremamente realistas. Estes efeitos têm a particularidade de diluírem a linha entre a live-action e a animação, entre a realidade e a fantasia. Os mundos imaginados em filmes como o Matrix, Tomb Raider, Final Fantasy ou Avatar embora envoltos em discussão, tiveram e têm a capacidade de alterarem, de forma mais ou menos profunda, a nossa experiência e a compreensão que fazemos das histórias, mas também dos nossos corpos, dos objectos e, porque não, da nossa realidade.
Este projecto que pretende explorar, entre outras coisas, a relação entre o "animado" e o "real", entre os desenhos e a live-action, e em particular, mas talvez de forma menos evidente, a relação entre os organismos de animação e de outros organismos que possuem mais substância.
“PLAY THEM" reúne, numa instalação, um conjunto de trabalhos de desenho e de desenho animado. O desenho enquanto tecnologia de representação, seja ela a memória, o corpo, o movimento ou qualquer outro... representam sequências curtas em "loop", a grande maioria retirada do universo do cinema e do vídeo vernacular. Usando uma tecnologia chamada rotoscopia redefinem-se as imagens e as formas, anteriormente de representação fotográfica.
O que se pretende especular neste projecto, entre outros assuntos é o facto de a animação e o desenho estarem constantemente a negociar o seu lugar entre o real e o fantástico, entre o animado e o real, e que essa relação é fundamental para a nossa experiência e sobretudo a nossa experiência do corpo animado.
É por estas razões e também pela admiração e amizade que Luis Alegre nutro pelos artistas plásticos José Maçãs de Carvalho e António Olaio, e obviamente pelo trabalho que têm desenvolvido, que os convidou a participar neste projecto.
A complementaridade das suas obras no que diz respeito aos temas principais deste projecto — as questões da imagem, da fotografia e do vídeo e a sua relação com o "real", o seu valor de cópia e/ou o seu eventual apagamento referencial, a apropriação e as referências ao universo do cinema, a repetição e o uso da linguagem, etc. — assuntos bem explorados pelos projectos do José Maçãs de Carvalho, mas também as questões do corpo e do seu movimento/animação, do som/música e da representação/actuação; isto é: o sentido performativo que tão clara e eficazmente são explorados na obra do António Olaio.

Marginalia - d'après Edgar Allan Poe
29 de Abril | 19 de Junho 2010
Inauguração: 29 de Abril às 22h00
Artistas: Susanne Themlitz, Pedro Tudela, Jorge Abade, Mauro Restiffe, Brígida Baltar
Curadoria: Maria de Fátima Lambert

“…I have reached these lands but newly
From an ultimate dim Thule –
From a wild weird clime that lieth, sublime,
Out of SPACE – out of TIME.”
Edgar Allan Poe, “Dreamland”
“…From matter and light, evidenced in solid and shade.
There is a twofold Silence – sea and shore –
Body and soul. One dwells in lonely places…”
Edgar Allan Poe, “Silence”

Algumas reflexões, desenvolvidas por Edgar Allan Poe em Marginalia (1849), foram premonitórias, antecipatórias quanto aos caminhos cumpridos pelo pensamento filosófico no séc. XX. A sua abordagem prenunciadora incidiu, destacando-se neste contexto, o relativo aos conceitos de espaço e tempo, antes do aprofundamento elaborado pela Fenomenologia da percepção – em particular nos escritos de Gaston Bachelard e Merleau-Ponty. Também na argumentação, relativa à definição de “imagens psíquicas”, o autor americano foi (em certa perspectiva) um precursor de Freud, explanando as acepções da “memória” e das imagens mentais”, mencionando-se as mais relevantes.
Avançando, numa leitura focalizada, quer da obra poética, quer dos textos de ensaio crítico e filosófico, designadamente no citado Marginalia, os pressupostos organizam-se, denotando coerência e lucidez. Marginalia são aquelas notas escritas nas margens dos livros, pequenos textos publicados, em diferentes revistas americanas entre 1844 e 1849, pelo próprio escritor nesses derradeiros anos da sua vida. Incidem sobre tópicos diversificados – notas de leituras, análises incidindo sobre a filosofia, a moral, as ciências, a linguagem, a arte da ficção e mesmo, reflectindo ainda sobre as dificuldades (incompreensão, inadaptabilidade) com que então os artistas se deparavam na sociedade. São textos de escrita fluida (denotando erudição significativa), organizados numa explanação de tópicos singulares; devidamente concatenados e concentrando numa extensão concisa raciocínios e juízos perspicazes e consequentes. Acreditava que uma escrita de qualidade deveria ser breve, concentrando-se num resultado específico e ímpar. Frequente a sua fundamentação na filosofia grega, recorrendo ao simulacro dos diálogos platónicos (caso de “Colóquio de Monos e Una” e “Conversa entre Eirós e Charmion”), remetendo para uma assunção metafísica que não é, de todo, inconciliável ao visionarismo fenomenológico ou psicanalítico, antes lhes confere ancestralidade e “espessura”.

No referente ao conceito de tempo afirma que dele temos consciência a partir do acumulo de acontecimentos. O que, todavia, não corresponderá à mais genuína assunção da experienciação/percepção, pois o tempo não é apenas uma “sucessão de acontecimentos”. Entende que os acontecimentos sejam o que nos permite a (consciência da) percepção do tempo, daí inferindo-se, por vezes, erradamente, que o “tempo seja/é a sucessão dos acontecimentos.
“Nous n’avons pas conscience du temps que par les seuls événements. C’est la raison pour laquelle nous définis sons le temps (de façon quelque impropre) comme une sucession d’événements; mais le fait luimême que les événements soient le seul moyen que nous ayons d’appréhendre le temps a tendance à en gendrer l’idée erronée selon laquelle les événements sont le temps.”1

Os pressupostos epistemológicos para a definição de espaço são análogos. Ou seja, será através da presença dos objectos que temos consciência do espaço, definindo, consequentemente como “sucessão de objectos”.
L’espace est rigoureusement analogue au temps. C’est seulement par les objets que nous avons conscience de l’espace, et nous pourrions avec autant de raison le definir comme une sucession d’objets.”2
A colocação dos objectos, em áreas expandidas e não circunscritas, adquire a sua delimitação pelo conceito de restrição – entenda-se pela demarcação de contornos, dentro de uma área anteriormente não confinada, que passa a sê-lo pela fisicalidade dos objectos em si, porque existe um sujeito que sabe/pode percepcioná-lo. A noção de espaço é adquirida pela exploração que o sujeito realiza através do seu corpo próprio, encontrando os seus limites, a sua conformação em diálogo consigo mesmo e com os outros – incluam-se os objectos no espaço. O mesmo se aplique à acepção fenomenológica de tempo: os acontecimentos não se reduzem ao vivido (percepcionado) a partir de outrem, mas através do sujeito em si, no confronto com a sua vivência, coordenando distintas acepções, onde passado, presente e futuro são cúmplices.
“Por outro lado, quando o acordar é acompanhado da lembrança de visões – como por vezes acontece – é preciso considerar que a alma está num estado que lhe asseguraria a sobrevivência após a morte corporal, a felicidade ou a miséria da existência futura, sendo indicada pela natureza das visões.”3

Em complementaridade, E. A. Poe realça a dimensão não materializante do sujeito pessoal, esse período onde o espírito parece, por instantes, destacar-se do corpo, transcendendo-se. Pode relacionar-se esta perspectiva com os fundamentos da triunica choreia, advinda da tradição dos cultos órficos e dionisíacos onde se pretendia atingir um estado de transe, de suspensão da fisicalidade do corpo em prol de uma vivência espiritual, desagrilhoada de constrições e opressões (de natureza física repercutindo no espiritual).
“Dans la vie de chaque homme, il survient au moins une époque où l’esprit semble un court moment se de tacher du corps, et, s’élevant audessus des preoccupations mortelles, au point d’en avoir une vue compre hensive et générale, apporte en toutes circonstances une appreciation de son humanité, aussi exacte que possible, à cet esprit particulier.”4
Os 5 ARTISTAS em MARGINALIA – d’aprés Edgar Allan Poe
“Finalmente, a escada do sótão, mais abrupta, mais gasta, nós a subimos sempre. Ela traz o signo da ascensão para a mais tranquila solidão.” 5

As obras dos 5 artistas presentes em Marginalia – d’aprés Edgar Allan Poe espelham, tornam visíveis, audíveis...quer as efabulações que anunciam o mundo das “imagens psíquicas” e/ou das imagens-memória...memória/mentais”: Brígida Baltar, Susanne Themlitz e Jorge Abade, quanto a acuidade depurativa adstrita à reavaliação, reconstrução conceptual e estética dos conceitos de tempo e espaço: Pedro Tudela e Mauro Restiffe. Todavia, e considerando a especificidade arquitectónica da Plataforma Revólver, os 5 artistas reafirmam a plasticidade e flexibilidade do mesmo, preservando – em acção mútua – todas as acepções identitárias envolvidas, ou seja: a identidade de si mesmo como autores/artistas; a identidade das obras presentes e a identidade do referido espaço expositivo.
Saliente-se que, o facto da curadoria ser pensada ab initio para um local, originariamente com funcionalidades adstritas a “sótão” (na nomenclatura fenomenológica mas também decorrente da funcionalidade quotidiana societária) propicia as diferencialidades anteriormente mencionadas e que se entrecruzam, pois as “revêries”, os deavaneios, as fantasias (…) de Brígida Baltar, Susanne Themlitz e Jorge Abade exploram igualmente o espaço físico (e arquitectural) através da assunção dos seus objectos míticos, simbólicos ou arquetípicos, tanto quanto propagam as noções de percepção de tempo linear, mítico e/ou onírico – legitimando, portanto, as ambiguidades subjacentes à confluência

entre imaginário, objectualização, matericidade...assim como todas as plausíveis derivações e interpretações que o público queira...
A apropriação (leia-se cativação) do espaço – e intrinsecamente a cativação/percepção do tempo – nas fotografias de Mauro Restiffe iludem o reconhecimento arquitectural, destemporalizando-o. Assim, ficará visibilizada a acepção questionada por Edgar Allan Poe, antes explanada. Finalmente, a instalação de Pedro Tudela – concebida propositadamente para o “sótão” da Plataforma Revólver, exprime singularmente essa acepção de Bachelard quanto nos seus “ninhos” se concentra o mundo todo. O concerto/performance que Pedro Tudela irá realizar, evento efémero quando da “finissage” da mostra, associado aos conteúdos presenciais durante o período em que Marginalia estará patente, conduzem-nos, impulsionam-nos, na transferência de conceptualidades espacio-temporais,
promovendo sinergias psico-afectivas e ideológicas.
“…”Art”, je l’appellerais la “reproduction de ce que les sens perçoivent dans la nature à travers le voile de l’âme”. 6

Absolutamente a não perder!

CINE-TEATRO SÃO PEDRO DE ALCANENA COMEMORA DIA MUNDIAL DA DANÇA

Nas comemorações este mês de Abril do Dia Mundial da Dança, a Materiais Diversos e o Cine-Teatro São Pedro em Alcanena, associam-se à efeméride na realização de diversos eventos. Serão dois dias de festa, 29 e 30 de Abril, com uma programação para crianças e adultos que encerra com a primeira noite aberta no Cine-Teatro São Pedro pela mão do DJ António Almada Guerra. Começando com um atelier para crianças, segue-se o espectáculo Matrioska de Tiago Guedes, o concerto Madmud de Tânia Carvalho e exibição de vídeo documentários. É de ir!

Monday, April 26, 2010

CEDECE COMEMORA 18 ANOS DE ACTIVIDADE E DIA MUNDIAL DA DANÇA, EM ALCOBAÇA

A CeDeCe – Companhia de Dança Contemporânea perfaz 18 anos de actividade profissional contínua e, de entre estes, os últimos 6 enquanto Companhia residente em Alcobaça.Patente ao público entre 22 e 30 de Abril, espectáculos e também exposições que registam, o percurso desta Companhia nos seus vectores fundamentais – a criação coreográfica; a programação especificamente concebida para os mais novos (Aprender para saber ver ou Ver para Aprender); o encontro com outras Artes; o diálogo intercultural no nosso País e fora das nossas fronteiras. Entre vários eventos, no próximo dia 28, pelas 18h30, Ana Duarte, Doutorada em História da Arte, desloca-se a Alcobaça para um Encontro com o público. A CeDeCe apresenta também em ante-estreia, nesse dia, o bailado Tempus ao Cubo, coreografado pelas bailarinas Patricia Silva e Catarina Correia do seu elenco. Muitos parabéns! É de ir!