Em colaboração com o Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian e no âmbito das comemorações do cinquentenário daquela relevante Fundação, o Fórum Cultural O Estado do Mundo apresenta o maestro Daniel Baremboim a conduzir a West-Eastern Divan Orchestra, no encerramento da Plataforma 2. O concerto terá lugar na terça-feira, 7 de Agosto, às 20 horas, em Lisboa, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian. E se a orquestra é excelente e o maestro notável, a verdade é que o programa do concerto não lhes fica nada atrás, incluindo composições deLudwig van Beethoven (Abertura Leonore III, op.72c), Arnold Schönberg (Variações para Orquestra, op.31) e Piotr Ilitch Tchaikovsky (Sinfonia Nº 6, em Si menor, op.74, Patética). Alguém disse que durante o Verão não se passava nada de interessante em Lisboa?
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5 comments:
Há uma nova postagem no Alcobaça Ambiente, (http://ambialcobaca.blogspot.com) com um texto sobre as ETAR e o Ambiente, e onde se dá conta, entre outras coisas, do deficiente funcionamento da nova ETAR de São Martinho do Porto. São sempre bem-vindos os vossos comentários e sugestões...
Estive lá ...
Excepcional a condução de Daniel Barenboim...
Contudo, um certo "mal estar" que tirou a plenitude da fruição... As palmas do público no final do 3º andamento , julgando, portanto, que seria o final do 4º andamento da Sinfonia Nº 6, em Si menor, op. 74, "Patética" ... a sinfonia mais conhecida de Tchaikovsky ! (que eu saiba, e poderei estar enganada, só esta sinfonia, a 3ª de Brahms e a 9ª de Mahler é que acabam com um andamento lento. Ora este 3º andamento tem tudo, todo o "mundo" da música do romantismo, na sua plenitude exuberante, menos o ser lento ...)
Visivelmete contrariado, Barenboim abandonou "correctamente" o palco... Sentiu-se o quanto o incomodou esta gaff do público (o público duma sala repleta com um "ar entendido" e "sofisticado" ...) .
Eu também lá estive. Acho que ainda o que incomodou mais Barenboim foi o público ter batido palmas antes dele ter dado por terminado o "adágio lamentoso", 4º e último andamento da 6ª Sinfonia de Tchaikovsky. Mas foi um excelente concerto, com uma belíssima orquestra, formada por gente jovem e talentosa. E toda a mensagem que ela transmite, com músicos israeltitas e palestinianos juntos a tocar belissimamente. Um hino a união entre os povos.
Existe realmente um problema de (falta de) educação musical da parte de muito público que (apesar de tudo, felizmente) assiste a concertos de música culta em Portugal. Ainda recentemente, durante um concerto (em que actuou Augustin Dumay) do Cistermúsica, em Alcobaça, um sector muito substancial do público aplaudiu (muito convictamente) todos os andamentos das composições nele interpretadas. Quanto a mim, a solução desse problema não passa por afastar esse sector (mais inculto) do público das salas de concerto, mas sim pela incrementação de uma programação mais insistente (e com preços mais acessíveis) a esse nível, contribuindo desse modo para criar hábitos mais persistentes nesse sector do público...
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