Lançamento do Livro
Uma Intuição por Portugal
de
SEBASTIÃO J. FORMOSINHO
Departamento de Química da Universidade de Coimbra
Apresentação por Carlos Fiolhais
28 de Outubro - 18 horas
Todas as linguagens sejam elas matemáticas, verbais, artísticas ou religiosas têm as suas limitações. Daqui decorre que o conhecimento humano, quando se exprime em alguma delas, padece dessas mesmas limitações. Michael Polanyi veio realçar precisamente este facto para as linguagens verbais, enfatizando que sabemos mais do que conseguimos exprimir por palavras. Um tal conhecimento é designado por /conhecimento tácito/ e carece de ser ensinado e aperfeiçoado através da acção numa relação de mestre e aprendiz. Uma inovação nesta área do conhecimento numa universidade em Viseu, que poderia ter sido uma escola vocacionada para este tipo de ensino, vai-nos fazer reflectir sobre a natureza do conhecimento tácito, sobre problemas académicos e, acima de tudo, a respeito de questões culturais presentes no país e que estão a determinar o «nosso modo de vida» e a distanciar-nos da geografia a que pertencemos. O tema próximo foi um ponto de viragem na busca de novos caminhos de inovação e as acções que levaram ao seu desmantelamento. Pedindo emprestadas palavras do filósofo José Gil, é o «medo de existir» que atormenta de há muito Portugal. Um medo que arrasta consigo a inveja, a fuga ao risco, a não-inscrição, a instabilidade de estratégias políticas, institucionais, administrativas e outras constituindo já, infelizmente, uma marca cultural. Paralelamente, a teoria do conhecimento tácito vai permitir discernir marcas culturais na ciência europeia e, através delas, e em contraste com outros países, situa-nos longe da nossa geografia, junto à Hungria e à República Checa. Debilidades que se somam às existentes, mas que carecemos de estar conscientes para reaportuguesar Portugal, tornando-o Europeu.
Todas as linguagens sejam elas matemáticas, verbais, artísticas ou religiosas têm as suas limitações. Daqui decorre que o conhecimento humano, quando se exprime em alguma delas, padece dessas mesmas limitações. Michael Polanyi veio realçar precisamente este facto para as linguagens verbais, enfatizando que sabemos mais do que conseguimos exprimir por palavras. Um tal conhecimento é designado por /conhecimento tácito/ e carece de ser ensinado e aperfeiçoado através da acção numa relação de mestre e aprendiz. Uma inovação nesta área do conhecimento numa universidade em Viseu, que poderia ter sido uma escola vocacionada para este tipo de ensino, vai-nos fazer reflectir sobre a natureza do conhecimento tácito, sobre problemas académicos e, acima de tudo, a respeito de questões culturais presentes no país e que estão a determinar o «nosso modo de vida» e a distanciar-nos da geografia a que pertencemos. O tema próximo foi um ponto de viragem na busca de novos caminhos de inovação e as acções que levaram ao seu desmantelamento. Pedindo emprestadas palavras do filósofo José Gil, é o «medo de existir» que atormenta de há muito Portugal. Um medo que arrasta consigo a inveja, a fuga ao risco, a não-inscrição, a instabilidade de estratégias políticas, institucionais, administrativas e outras constituindo já, infelizmente, uma marca cultural. Paralelamente, a teoria do conhecimento tácito vai permitir discernir marcas culturais na ciência europeia e, através delas, e em contraste com outros países, situa-nos longe da nossa geografia, junto à Hungria e à República Checa. Debilidades que se somam às existentes, mas que carecemos de estar conscientes para reaportuguesar Portugal, tornando-o Europeu.
É de ir!
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