CANÇÃO DOS CRAVOS A DOIS TONS
A manhã nova espreita
Ante cidade envelhecida,
Traz novas, qual outra perdida
Manhã, igual ao que já foi.
Nas manhãs incertas
Que a História vê nascer
(alvores dos tempos, secretos algozes
do passado incauto)
Fez-se Abril!
Mês de esperança
Que o verde nos traz em lembrança
A coragem de quem nos erigiu.
Sonhos são enganos propositados
Utopias descritas com vontade
Cravos foram desejos arrebatados,
Pela saudade faminta de liberdade.
Recordai manhãs certas
Que a vontade humana toma incertas
Pelo condão da coragem...
Pois fez-se Abril...
Porém perde-se a esperança
E nem do verde a lembrança da fé
Que nos construiu.
ANTÓNIO JOSÉ BERNARDES
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