MINHA PÁTRIA DE ABRIL
Oh! Meu País algemado,
que viveste em cativeiro,
tanto ano amordaçado,
sofrendo prisioneiro.
Gravado tens na memória,
manchas de sangue e tristeza;
negras páginas de história,
de prisões e de crueza.
Oh! Minha Pátria chorosa
que acordaste em Abril
e foi cravo em vez de rosa
que nasceu no teu fuzil.
Dinossauros e dragões
perderam a armadura,
tremeram seus corações
ao cair da ditadura.
O silêncio ganhou voz,
a mudez foi derrotada,
a Liberdade, por nós
foi finalmente alcançada.
Floriram as ilusões
nesta Pátria de Abril,
os homens deram as mãos,
eram muito mais que mil!
A Liberdade brotou
como cascata feliz
e a esperança se agitou
nas bandeiras do País.
Junto ao mastro cresceu trevo,
no centro espiga doirada
e dizer até me atrevo,
nasceu papoila encarnada.
Meu País de imensidão,
fresca água de gomil
vives em meu coração
doce poema de Abril.
MARIA CECÍLIA SOBRAL SANTOS FRANCO DE SOUSA
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