E O NOSSO PAÍS NÃO TERÁ PAREDES
E o nosso país não terá paredes. Não terá paredes
nem telhados. Nada a cobrir a nossa viagem constante
ao dia virgem. Nada a frustrar
a íntima incursão.
As gargantas roucas de todos os futuros novembros
irão adormecer na fonte perene da nossa dádiva.
Na boca dos homens cativos ficará o nome do Alberto Costa
como uma toada exausta. E, clandestinos,
chegaremos à última passagem.
Lentamente esqueceremos as outras ilhas, lentamente
ergueremos na ilha a nossa tenda.
Ó bruscamente fendamos o dia virgem
como na ilha crescem as flores silvestres.
ALBERTO COSTA
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