RECORDANDO...
Um jugo que, no tempo, nos oprime;
Um sonho que, de há muito, já nos tarda;
Um "vento" que me abana, como ao vime;
Um ímpeto a florir em muita farda.
Um cárcere onde há gente sem um crime;
Um freio que nos pesa como albarda;
Um dia em que desponta, bem sublime
Um cravo como enfeite de espingarda.
Um Sol que, de manhã, lava a cidade;
Um breve retomar à dignidade;
Um chão do meu país, mais vertical.
Um povo que, bem lesto, se agiganta;
Um grito-liberdade na garganta;
Um cântico em que Abril foi Portugal!
JOÃO BAPTISTA COELHO
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