ENSAIO.HAMLET ENRIQUE DIAZ NO CCB
Ensaio. Hamlet é uma abordagem muito original àquela que é considerada por muitos como a peça mais importante do teatro ocidental.
PEQUENO AUDITÓRIOPREÇO: 12,50€ Descontos habituais para bilhetes adquiridos no CCB
3, 4 e 5 Abr 2008 - 21:006 Abr 2008 - 16:00
A GAIVOTA ENRIQUE DIAZ NO CCB
Em 2006, Enrique Diaz partiu do texto de Tchekhov para dar seguimento ao trabalho iniciado com Ensaio.Hamlet: pensar o teatro dentro do teatro.
PEQUENO AUDITÓRIOPREÇO: 12,50€ Descontos habituais para bilhetes adquiridos no CCB
10, 11 e 12 Abr 2008 - 21:0013 Abr 2008 - 16:00
Enrique Diaz Rocha (Lima Peru 1967). Diretor e ator. Diretor da Companhia dos Atores desde 1990, sua concepção do espetáculo tem como principais elementos a linha de interpretação dos atores, milimetricamente coreografada, além da pesquisa da intercessão entre teatro e vídeo. Prestigiado por suas concepções cênicas, vem sendo convidado para dirigir espetáculos e shows de artistas de primeira grandeza. Mantém sua carreira de intérprete ativa, alternando-se entre o teatro, cinema e televisão.
Entre 1982 e 1984, faz uma série de cursos livres de interpretação. Estréia como ator em teatro jovem, sob a direção de Carlos Wilson. Em 1984, por sua atuação em O Dragão Verde, texto e direção de Maria Clara Machado, recebe o prêmio Mambembe de teatro infantil. No ano seguinte, atua em Linguagem do Silêncio, espetáculo de mímica moderna de Lina do Carmo e estréia no teatro adulto em Os Melhores Anos de Nossas Vidas, texto e direção de Domingos Oliveira. Em 1986, protagoniza Woyzeck, de Georg Büchner, direção de Moacyr Góes. Em 1989, atua em A Estrela do Lar, de Mauro Rasi, ao lado de Marieta Severo, com quem voltará a dividir o palco seis anos depois em A Torre de Babel, de Fernando Arrabal, com direção de Gabriel Villela.
Em 1988, dirige um espetáculo de forte caráter experimental, Rua Cordelier, Tempo e Morte de Jean Paul Marat, 1988, coletânea de textos de Georg Büchner, Heiner Müller e Peter Weiss, embrião do que desenvolve como encenador junto à Companhia dos Atores, grupo que realiza em média um novo trabalho a cada dois anos. Em 1991, Diaz recebe o Prêmio Molière pela direção de A Bao A Qu (Um Lance de Dados). O crítico do Jornal da Tarde, Alberto Guzik, observando o talento do jovem encenador, considera o espetáculo "raro, inteligente, provocativo e bem realizado".1 Em 1992, o crítico Nelson de Sá considera a encenação de A Morta, de Oswald de Andrade, o melhor espetáculo em cartaz na cidade. Aimar Labaki escreve na revista Vogue: "Sério, competente e bem-humorado, Diaz consegue a proeza de não ser impostado. Os anos 90 já acharam a sua primeira cara. E ela é bem viva".2 Em Só Eles o Sabem, de Jean Tardieu, 1994, Diaz valoriza o jogo dos contrários proposto pelo texto. Segundo o crítico Macksen Luiz: "A encenação de Enrique Diaz tem a leveza e a medida do humor proposto pela peça. O espetáculo explora a linguagem do melodrama com um tal rigor de construção que não deixa escapar o ritmo da montagem e sustenta o desenho cênico com total coerência".
Entre 1982 e 1984, faz uma série de cursos livres de interpretação. Estréia como ator em teatro jovem, sob a direção de Carlos Wilson. Em 1984, por sua atuação em O Dragão Verde, texto e direção de Maria Clara Machado, recebe o prêmio Mambembe de teatro infantil. No ano seguinte, atua em Linguagem do Silêncio, espetáculo de mímica moderna de Lina do Carmo e estréia no teatro adulto em Os Melhores Anos de Nossas Vidas, texto e direção de Domingos Oliveira. Em 1986, protagoniza Woyzeck, de Georg Büchner, direção de Moacyr Góes. Em 1989, atua em A Estrela do Lar, de Mauro Rasi, ao lado de Marieta Severo, com quem voltará a dividir o palco seis anos depois em A Torre de Babel, de Fernando Arrabal, com direção de Gabriel Villela.
Em 1988, dirige um espetáculo de forte caráter experimental, Rua Cordelier, Tempo e Morte de Jean Paul Marat, 1988, coletânea de textos de Georg Büchner, Heiner Müller e Peter Weiss, embrião do que desenvolve como encenador junto à Companhia dos Atores, grupo que realiza em média um novo trabalho a cada dois anos. Em 1991, Diaz recebe o Prêmio Molière pela direção de A Bao A Qu (Um Lance de Dados). O crítico do Jornal da Tarde, Alberto Guzik, observando o talento do jovem encenador, considera o espetáculo "raro, inteligente, provocativo e bem realizado".1 Em 1992, o crítico Nelson de Sá considera a encenação de A Morta, de Oswald de Andrade, o melhor espetáculo em cartaz na cidade. Aimar Labaki escreve na revista Vogue: "Sério, competente e bem-humorado, Diaz consegue a proeza de não ser impostado. Os anos 90 já acharam a sua primeira cara. E ela é bem viva".2 Em Só Eles o Sabem, de Jean Tardieu, 1994, Diaz valoriza o jogo dos contrários proposto pelo texto. Segundo o crítico Macksen Luiz: "A encenação de Enrique Diaz tem a leveza e a medida do humor proposto pela peça. O espetáculo explora a linguagem do melodrama com um tal rigor de construção que não deixa escapar o ritmo da montagem e sustenta o desenho cênico com total coerência".
Em 1995 e 1996, Melodrama, de Filipe Miguez, lhe vale cinco prêmios: Mambembe, Shell e Sharp, no Rio de Janeiro e em São Paulo. De 1995 a 1997, Enrique Diaz assume a direção artística do Teatro Ziembinski e, em 1998, do Espaço Cultural Sérgio Porto, ambos da Prefeitura do Rio de Janeiro. Em 1999, dirige Cobaias de Satã, de Filipe Miguez, e, no primeiro trabalho fora da companhia, As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, produção de Maria Padilha. O crítico Macksen Luiz analisa a linguagem: "A encenação de Enrique Diaz é radicalmente lúdica, na forma como brinca com o jogo de sentimentos que Tchekhov distribui pelo tempo das quatro estações. O diretor lança sobre o texto um sopro de humor, no sentido tchekhoviano (uma apreciação amargamente irônica das fraquezas humanas). (...) destila as personagens como se confrontasse aquilo que dizem com a ação que os impulsiona. (...) decompõe as cenas em quadros ágeis, nos quais os atores se desprendem da tensão dramática ensombreada para iluminar com tensão mais reticente a dramaticidade. (...) Do rendilhado de afetividades que Tchekhov tece com minúcia, Enrique Diaz retirou formas mais exuberantes de exposição, desprezando tudo aquilo que poderia ficar subentendido. (...) o diretor traz ao palco o espírito Tchekhoviano, mesmo que com um olhar nada complacente com os habitantes de um mundo de sombras".
Em 2000, o diretor monta O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, procurando atualizar o texto, por meio da imagem e da música, e valorizar a comunicalibilidade da montagem. O crítico do Jornal do Brasil considera que este tratamento "se interpõe à captação do espírito de O Rei da Vela como manifesto alegórico de um processo social em permanente decomposição".
Em 2001, estuda nos Estados Unidos em Saratoga Springs, no verão, e em Nova York, no outono, com Anne Bogart e SITI Company, trabalhando sobre as técnicas de treinamento de Tadashi Suzuki e a técnica de improvisação Viewpoints, advinda da dança moderna.
Fazendo um panorama do teatro carioca nos anos 90, Macksen Luiz observa: "Enrique Diaz é um jovem diretor que em dez anos de carreira trouxe à cena carioca uma inquietação e uma permanente investigação da linguagem cênica. Nem sempre conseguiu sedimentar seus conceitos sobre a cena em espetáculos que estão, permanentemente, perseguindo uma integração da contemporaneidade, das mass media e de formas narrativas tradicionais numa mesma encenação teatral".
Já Alberto Guzik enfatiza outro ângulo do diretor: "Sua visão do espetáculo, por conta da própria formação do artista, passa pelo ator, pelo desenho das personagens, pelo fenômeno da atuação. Todas as peças assinadas por Diaz tem a marca indelével de um diretor que é também ator, e que coloca em primeiro plano a figura do intérprete. No seu caso, ao contrário do que ocorre na obra de outros diretores de sua geração, o espetáculo é construído ao redor do elenco, a partir dele. E o fato de trabalhar com um elenco que ao longo do tempo se manteve bastante estável, permite o adensamento da pesquisa e a evolução dos artistas, que é perceptível a cada novo trabalho da trupe".
Em 2000, o diretor monta O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, procurando atualizar o texto, por meio da imagem e da música, e valorizar a comunicalibilidade da montagem. O crítico do Jornal do Brasil considera que este tratamento "se interpõe à captação do espírito de O Rei da Vela como manifesto alegórico de um processo social em permanente decomposição".
Em 2001, estuda nos Estados Unidos em Saratoga Springs, no verão, e em Nova York, no outono, com Anne Bogart e SITI Company, trabalhando sobre as técnicas de treinamento de Tadashi Suzuki e a técnica de improvisação Viewpoints, advinda da dança moderna.
Fazendo um panorama do teatro carioca nos anos 90, Macksen Luiz observa: "Enrique Diaz é um jovem diretor que em dez anos de carreira trouxe à cena carioca uma inquietação e uma permanente investigação da linguagem cênica. Nem sempre conseguiu sedimentar seus conceitos sobre a cena em espetáculos que estão, permanentemente, perseguindo uma integração da contemporaneidade, das mass media e de formas narrativas tradicionais numa mesma encenação teatral".
Já Alberto Guzik enfatiza outro ângulo do diretor: "Sua visão do espetáculo, por conta da própria formação do artista, passa pelo ator, pelo desenho das personagens, pelo fenômeno da atuação. Todas as peças assinadas por Diaz tem a marca indelével de um diretor que é também ator, e que coloca em primeiro plano a figura do intérprete. No seu caso, ao contrário do que ocorre na obra de outros diretores de sua geração, o espetáculo é construído ao redor do elenco, a partir dele. E o fato de trabalhar com um elenco que ao longo do tempo se manteve bastante estável, permite o adensamento da pesquisa e a evolução dos artistas, que é perceptível a cada novo trabalho da trupe".
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