EU SOU
Eu sou a voz do povo, a companheira
Do canto universal das primaveras,
Onde cintilam olhos como esferas
Na solidão dum campo de poeira...
Cruzo o espaço da noite, sem canseira;
Dou ensejos às vidas mais austeras;
Vejo o rubro sol-pôr, onde as quimeras
São madrugada intensa e verdadeira.
Sou um cravo de Abril que sempre viça
No jardim da verdade e da justiça
Que visiona, até, o Inconsciente...
Sem álgidas neblinas no meu Ser
Sou liberdade e voz e sou Mulher
Que quer um pão igual p'era toda a gente!
GLÓRIA MARREIROS
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