BRECHA NA MURALHA
Foi uma brecha na muralha
Da torpe intolerância
E do imobilismo...
Finalmente,
Nessa manhã varonil,
De 25 de Abril,
A alegria jorrou
Aos borbotões,
Sem rei nem roque...
E foi um choque!
Assim se fertilizaram
As flores de uma nova Esperança,
Insegura, bem Criança!
Hoje, volvidos trinta anos,
Muitas flores secaram,
Se desvirtuaram,
Outras vingaram,
Desabrocharam,
Continuam verdes nos corações,
Animando a vontade de se Ser
Um povo de Verdade
Que vive em Liberdade,
À luz do Sol, da Lua e das Estrelas,
Onde, cada qual. sem excepção,
Pode viver vida plena,
Sem coacção,
À sombra dos acordes de "Grândola, Vila Morena".
FRANCISCA DUARTE CRUZ
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