Friday, September 22, 2006

ORQUESTRA GULBENKIAN INAUGURA FESTIVAL MÚSICA VIVA 2006

Se existem eventos que este blogue aprecia muito especialmente, um deles é, sem margem para quaisquer dúvidas, o Festival Música Viva 2006, que a partir de amanhã, sábado, 23 de Setembro, inicia a sua 12ª edição. Mais uma vez, o festival decorrerá com uma programação delineada pelo seu fundador e director artístico, Miguel Azguime, assumindo em termos de subintitulação as vertentes Intersecção de Novas Linguagens e Estéticas Musicais/ Metamorfoses da Criação Musical Contemporânea. Pretendendo "mais uma vez afirmar a vitalidade e a diversidade da criação musical contemporânea", o Festival Música Viva voltará nesta sua edição evidenciar as particularidades que o têm desde sempre dignificado e distinguido a nível nacional, não só pela sua marcada e marcante opção pela divulgação da música culta contenporânea, dando-nos a conhecer notáveis e inéditas produções musicais da segunda metade do século XX e do início do século XXI, mas também, e muito essencialmente pelo facto de aliar a nova criação musical contemporânea nacional à dos importantes vultos mundiais que desde o seu primeiro ano de realização tem trazido a Portugal. É claro que o "gosto musical" do Nas Faldas da Serra é muitíssimo coincidente com proposto por Miguel Azguime e pelos seus companheiros na organição de um dos mais relevantes festivais de música portugueses e que este blogue vai acompanhar muito dedicadamente a sua edição deste ano.
O concerto inaugural do Música Viva 2006 será então apresentado no sábado, 23 de Setembro, a partir das 21 horas, em Lisboa, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, que este blogue considera ser o melhor que existe no nosso país. Sem espinhas! Em palco estará a Orquestra Gulbenkian, que na primeira parte daquele concerto será dirigida pelo Maestro Pedro Pinto Figueiredo. Nela serão interpretadas as composições Clepsidra, de Carlos Caires; Peça Para Cordas, de Pedro M. Rocha; e Ramifications, de Gyorgy Ligeti, a segunda das quais em estreia mundial. Na segunda parte deste concerto inaugural do Festival Música Viva 2006, a Orquestra Guklbenkian será dirigida pelo Maestro Pedro Amaral, na interpretação de Trans, de Karlheinz Stockhausen, que será interpretada em estreia nacional.
A música culta contemporânea não morde, antes pelo contrário, e este espectáculo será certamente uma inauguração à altura dos pergaminhos de um dos raros festivais de música portugueses que continua a manifestar uma vincada e interessante personalidade. É mesmo a não perder!

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