Saturday, October 07, 2006
UM POEMA DE TARCÍSIO TRINDADE SOBRE A SERRA DOS CANDEEIROS
Está a chover e a fazer sol
E os meninos foram os primeiros
A ver as sete cores
Na Serra dos Candeeiros
Fizeram uma roda
E vão dançar a manhã toda
Enquanto as velhas
Boas e más
Estão a pentear- se
Em serena paz
TARCÍSIO TRINDADE
Os Meninos e as Quatro Estações, Edições Panorama, Lisboa,1960
Friday, October 06, 2006
ORFEÃO DE LEIRIA COMEMORA ABERTURA DO ANO LECTIVO E DIA MUNDIAL DA MÚSICA COM UM ESPECTÁCULO (NON STOP) À GRANDE E À FRANCESA!
Curiosamente, os horários desse espectacular Concerto Non Stop ainda não estão totalmente preenchidos, havendo ainda vagas para os músicos que pretenderem também participar naquele evento.Os interessados podem fazer a sua tentativa de marcação telefonando para o Orfeão de Leiria, através do telefone 244829550. Como a coisa vai pela noite dentro, os músicos podem mesmo ir antes a outro concerto, ir ao cinema ou namorar até mais tarde, que ainda lhes poderá sobrar tempo para participar nesta histórica comemoração do Orfeão de Leiria. Eu mesmo já estou a tentar ensaiar uns solos de piano e talvez também lá apareça...
Thursday, October 05, 2006
HÁ COISAS (COMO O 4º ANIVERSÁRIO DO CLINIC) QUE ESTE BLOGUE NÃO PODE (MESMO) DEIXAR PASSAR EM BRANCO
ÓBIDOS NÃO PÁRA E ANUNCIA ALICIANTE TEMPORADA DE CRAVO
Contudo, afigura-se que a noite mais relevante desta Temporada de Cravo de Óbidos será precisamente a última, a 28 de Outubro, na qual estará em palco o Grupo de Música Antiga da OP- Companhia Portuguesa de Ópera, sob a direcção musical de António Carrilho. O espectáculo dessa noite promete ficar memorável, com a apresentação, em estreia absoluta, da ópera semi-encenada A Descida de Orfeu aos Infernos, de Marc-Antoine Charpentier. Parece-me que nem as circunspectas muralhas que abrigam a simpática vila de Óbidos conseguirão ficar indiferentes àquele espectáculo...
Wednesday, October 04, 2006
CONCERTO DO CHRIS CHEEK QUARTET JUSTIFICA DESLOCAÇÃO À MARINHA GRANDE, PARA MAIS UM ESPECTÁCULO DO FESTIVAL DE JAZZ DA ALTA ESTREMADURA 2006
Tuesday, October 03, 2006
ANNE SOFIE VON OTTER INAUGURA TEMPORADA GULBENKIAN DE MÚSICA 2006/2007 NUM CONCERTO COM TANTO DE INVULGAR COMO DE ALICIANTE
Monday, October 02, 2006
SAMUEL JERÓNIMO/ RIMA- A MÚSICA COMO EXCESSO DE TRANSPARÊNCIA E DE LEVEZA
Quando ouvi pela primeira vez a música do Samuel Jerónimo quase instantaneamente me apercebi de que entre as suas mais revigorantes inspirações e influências musicais avultavam declaradamente as da pop progressiva e da música minimal, por si subliminarmente mimetizadas em incontornáveis vultos daquelas tipologias musicais ou na magnetizante sonoridade das emblemáticas orquestras de gamelão do Bali. Em
Nesta sua nova produção artística agora lançada em C.D., sob o sugestivo título Rima, Samuel Jerónimo encaminha o seu discurso musical através dos quase imperceptíveis parâmetros de um suposto conflito criativo entre modernismo (passado-presente) e pós-modernismo (presente-futuro), relacionando dialecticamente a sua escrita musical numa criativa síntese entre o “mito do eterno retorno” de Nietzsche e a “reconstituição da noção do ser” de Heidegger. Rima é uma peça musical composta e interpretada em quatro partes, ou melhor escrevendo, em quatro versos entre si relacionados. A verdade nua e crua é que o que este C.D. nos apresenta é a prova clara e transparente de que a arte de Samuel Jerónimo continua a evoluir denunciando uma sua ininterrupta evolução no sentido músico-filosófico, evidenciada em cada sua nova nota ou em cada seu novo acorde…
Regressando ao sentido e ao sentir do mesmo poema de António Ramos Rosa, não me coíbo de aqui especular e intuir que a dotada escrita musical de Samuel Jerónimo não vai parar por aqui, continuando a tentar sempre assumir a cada instante a procura desse “momento único” que “não surge” ou “talvez nunca venha a surgir “, continuando a compor “na expectativa desse momento” em que a sua palavra musical poderá “dizer as cores, a doçura, o perfume que transforma o exílio no claro paraíso do silêncio”, ou seja, atingir os píncaros da genialidade! Neste seu novo CD Rima, a música electroacústica de Samuel Jerónimo revela uma (muito) maior maturidade e uma (muito) mais cuidada sintetização de ideias, demonstrando uma clara evolução work in progress a ter (muito) em conta no futuro da música culta contemporânra portuguesa. Vontade e empenho para novas conquistas são atributos que parecem continuar a não faltar ao Samuel Jerónimo!
Sunday, October 01, 2006
TUBISTA ALCOBACENSE SÉRGIO CAROLINO VAI SER UMA DAS VEDETAS DO FESTIVAL DE JAZZ DE BRUGGE
O que muitos dos visitantes do Nas Faldas da Serra não sabiam ainda é que o mesmíssimo Sérgio Carolino vai ser também figura em destaque no conceituado Jazz Brugge 2006, festival em cuja programação o renomado tubista alcobacense merece mesmo especial destaque. Aquele festival daquela lindíssima cidade belga decorrerá entre 5 e 8 de Outubro e o nosso bom amigo Sérgio actuará na noite de sábado, 7, com o seu ensemble TGB, que integra também o guitarrista Mário Delgado e o baterista Alexandre Frazão. Posso até aqui referir que o evento merece uma visita (de propósito) àquela cidade, na qual há alguns anos visitei uma das mais fascinantes àreas urbanas que são consideradas Património Mundial pela Unesco: a Beguinária, ou melhor escrevendo: Le Béguinage. Ah grande Sérgio!
PROJECTOS ARQUITECTÓNICOS DE REQUALIFICAÇÃO ALCOBACENSE ESTÃO A FAZER BOA FIGURA A NÍVEL INTERNACIONACIONAL!
Curiosamente, chegou aos ouvidos do Nas Faldas da Serra que outro recente projecto alcobacense de requalificação a nível urbano está previamente seleccionado para outro importante prémio de arquitectura. A coisa parece andar ainda um bocado calada, mas o Nas Faldas da Serra pode mesmo dar-se ao luxo de aqui adiantar que esse projecto é o de requalificação e recuperação da Escola Adães Bermudes. Aqui fica então a dica, essencialmente destinada os mais dedicados Sherlock Holmes da investigação local...