Tuesday, March 11, 2008

MICHEL CORBOZ DIRIGE PAIXÃO SEGUNDO S. JOÃO EM LISBOA, NA FUNDAÇÃO GULBENKIAN

Em consonância com o calendário litúrgico, o Coro e Orquestra Gulbenkian apresentam a Paixão segundo S. João, de Johann Sebastian Bach, no seu tradicional programa pascal:
Quinta-Feira, 13 de Março, 19 horas - Grande Auditório
Sexta-Feira, 14 de Março, 19 horas - Grande Auditório
Sábado, 15 de Março, 19 horas - Grande Auditório
Na Sexta-Feira Santa de 1724 estreou-se, na Igreja de São Nicolau de Leipzig, a Paixão segundo São João, de Johann Sebastian Bach. Decorridos quase três séculos, a obra continua a transmitir com a mesma força a sua mensagem. É por isso a escolha apropriada para o programa deste concerto, que assinala, como vem sendo habitual no Grande Auditório, o período pascoal. A reflexão em torno do mistério da morte de Cristo, constitui, tal como a comemoração do seu nascimento, e em consonância com o calendário litúrgico, um dos momentos mais esperados da temporada. Sob a direcção de Michel Corboz, juntar-se-ão à Orquestra e ao Coro Gulbenkian para a interpretação desta obra um magnífico leque de cantores solistas, os quais serão os responsáveis pela interpretação das seis personagens principais. As partes correspondentes a Jesus e ao Evangelista serão cantadas por Andreas Schmidt e Werner Güra, este último não só um dos intérpretes mais aplaudidos como Evangelista, mas também um dos tenores mais admirados da actualidade, aos quais se juntam o soprano Rachel Harnish, o meio-soprano Anke Vondung, o tenor Christophe Einhorn e o baixo Stephan MacLeo. Na liturgia luterana é uso cantar-se na Semana Santa a narrativa bíblica da Paixão de Cristo segundo o texto de cada um dos quatro Evangelistas, e é assim que Bach, Kantor da Igreja de São Tomé de Leipzig a partir de 1723, põe em música as quatro Paixões, com especial dedicação aos textos de São Mateus, para o Domingo de Ramos, e de São João, para a Sexta-Feira Santa. A narrativa do Evangelista e os Ditos de Cristo são tratados em recitativo, ao que se acrescentam corais luteranos bem conhecidos das congregações protestantes e passagens livres de comentário devoto à descrição bíblica, confiadas aos quatro solistas e ao coro. A Paixão Segundo S. João, sobre um texto pietista do poeta Heinrich Brockes, é retomada logo um ano após a sua estreia, de novo cerca de 1730 e por último nos anos finais da década seguinte, quase sempre com revisões de maior ou menor monta em cada reposição. O resultado é, muito simplesmente, uma das grandes obras da Arte Sacra universal. É de ir! Absolutamente!

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