Monday, October 23, 2006

O MANUELINO NO MOSTEIRO E COUTOS DE ALCOBAÇA- UM LIVRO DE MARIA ZULMIRA ALBUQUERQUE FURTADO MARQUES

O livro já foi publicado em Abril de 2006, mas apenas durante o passado fim-de-semana o li com maior atenção. Chama-se O Manuelino no Mosteiro e Coutos de Alcobaça/ A Arte no Tempo de D. Manuel e é mais uma produção literária da historiadora alcobacense Maria Zulmira Albuquerque Furtado Marques, que há mais de uma década tem regularmente escrito e publicado estudos históricos sobre Alcobaça e a sua região. Embora eu nunca tenha sido um declarado fâ e seguidor da obra literária daquela autora, não posso deixar de elogiar o seu interessante posicionamento de, editando em nome e produção própria a sua obra literária, conseguir levar até um público muito razoável os seus estudos históricos sobre a nossa cidade e a nossa região.
Escrevendo sempre de um modo muito acessível e sendo muitas vezes acusada de alguma superficialidade na sua investigação, Maria Zulmira Marques tem contudo o especial condão de contribuir para que muitos alcobacenses tenham acesso a informação que na maior parte das vezes apenas é disponibilizada a estudiosos e licenciados. Este seu novo livro volta a beneficiar desse especial condão e volta a ir de encontro ao que parecem ser os objectivos da autora: chegar o mais perto possível do público. Democrático objectivo contra o qual nada tenho...
Neste livro de Maria Zulmira Marques chamou-me especialmente a atenção capítulo nele dedicado às Gárgulas do Piso Superior do Claustro do Silêncio (do Mosteiro de Alcobaça), de entre as quais lhe merece especial destaque a famosa gárgula do rinoceronte, que mereceu também especial destaque ao alcobacense João d'Oliva Monteiro num excelente texto publicado em Abril de 1996, na primeira edição da Espaços/Adepa- Revista de Património, sob o título Rinoceronte Quinhentista em Alcobaça. Este texto de Maria Zulmira Marques sobre aquele precioso conjunto de gárgulas zoomórficas relembrou-me o particular interesse que poderia haver num estudo muito mais aprofundado daquele belíssimo conjunto escultural, acompanhado peloa respectiva e indispensável publicação. Seria provavelmente mais um notável contributo para o enriquecimento bibliográfico sobre o nosso Mosteiro e sobre a nossa região!

2 comments:

Lúcia Duarte said...

boas,
aguçou-me a curiosidade. vou ver se este livro existe na biblioteca municipal.espero que sim!

José Alberto Vasco said...

Olá! Já que agucei o seu apetite, aproveito para sublinhar que Aljubarrota vem lá várias vezes referenciada (janela manuelina, foral, pelourinho...). Não perca!