Friday, May 30, 2008

CAMILO PESSANHA: UM DIÁLOGO ENTRE MUNDOS, EM EXPOSIÇÃO NO MUSEU DAS COMUNICAÇÕES, EM LISBOA

O Museu das Comunicações em parceria com a Associação Wenceslau de Moraes inaugurou a exposição Camilo Pessanha: Um Diálogo Entre Mundos, ontem 29 de Maio (quinta-feira), às 19h, noite de Santos Design District. Pretende-se homenagear e dar a conhecer um dos poetas maiores da poesia portuguesa através de uma exposição que conjuga imagens e sons, mas também a poesia de Pessanha.
Nas convincentes palavras de André Barreiros:
"Esta exposição mostra Camilo Pessanha como eu o conheci e aprendi a apreciar. Passo a explicar: O meu bisavô José Pacheco Jorge foi amigo e professor de chinês do poeta em Macau. Camilo era visita da casa, foi professor da minha avó e sempre me foi apresentado como uma das pessoas mais ilustres da sociedade macaense. Para além da introdução do Simbolismo na poesia portuguesa e da sua genialidade enquanto escritor, Pessanha foi jurista, pedagogo, tradutor e coleccionador de arte. Ainda hoje, pessoas mal informadas ou mal intencionadas (jornalistas inclusive) continuam a passar a imagem do poeta opiómano, marginal, meio louco entre orgias de sexo, drogas e alienação. É a imagem "oficial", criada durante o Estado Novo para desacreditar Pessanha que, pela admiração que criava noutros gigantes da língua portuguesa, como Fernando Pessoa, se tornaria incómodo com o seu sucesso. Pessanha usava ópio, tinha uma mulher chinesa, era maçom e cultivava o espírito livre. Fascinado pela cultura, filosofia, arte e poesia chinesas, Pessanha é muito mais do que as pobres biografias televisivas têm mostrado, sempre acentuando a vertente ópio e loucura. Quando o meu avô, Danilo Barreiros, chegou a Macau nos anos 30, apercebeu-se da grande injustiça que era feita à memória do Poeta e tornou-se seu biógrafo, coleccionando tudo quanto restava da passagem desse homem excepcional pela Terra, publicando os seus estudos em livros e artigos. Chegou a receber um "ralhete" de Marcelo Caetano por divulgar as ligações de Pessanha à maçonaria. Continuou esta obra o meu pai, Pedro Pacheco Jorge Barreiros, através edições, exposições, reportagens, filmes e discussões públicas, através da Associação Wenceslau de Moraes e também de uma vasta colecção de quadros a óleo ilustrativos da poética de Pessanha. Quanto a mim, sinto-me impelido a convidar-vos para ver esta exposição e partilhar convosco a justa homenagem ao autor destes versos:
"Eu não sei se é amor. Será talvez começo.
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente."
André Barreiros
É de ir! Certamente!

2 comments:

Anonymous said...

quem quer comprar carne de 1ª qualidade é favor de me contactar...vendemos carne fresca do sudoeste asiático.Carne tenra e fresca ( ainda menores)de primeira mão, sem doenças contaminadas, algumas ainda usa fraldas....vitório é prova de qualidade. também tenho bom vinho, da terra do meu avô, loucor beirão acompanhado com o chouriço português do meu avô...ainda tenho pra vender os meus tomates, ainda virgens e frescas...acompanha de suco bem doce...pois confeço que tenho diabetes, ainda vendo em saldos bananão bem grande de de marca tiu monte, acreditam que nunca virão banana tão grande e rígida, também acompanhada de suco que é especialidade da casa...não esqueçam que também tenho chourição (dos grandes)à venda e tão boa qualidade que até se vibram...fazemos entregas ao domicílio...para terminar apresento-vos o meu chouricao de burro, directamente do meu quintal sempre de melhor qualidade, e garanto-vos quevao ficar mais espertos depois de comer chouricao de burro

José Alberto Vasco said...

É provável que este comentador se tenha enganado na porta... Mas por cá fica o comentário, porque este blogue é democrático e defende a liberdade de expressão, com as suas virtudes e com os seus defeitos...