Thursday, November 27, 2008

HOMENAGEM A FERNANDO PESSOA, EM MATOSINHOS, NA BIBLIOTECA MUNICIPAL FLORBELA ESPANCA E NO CINE-TEATRO CONSTANTINO NERY

Homenagem a Fernando Pessoa

A Minha Pátria é a Língua Portuguesa
Por Nuno Miguel Henriques do Museu da Poesia
Biblioteca Municipal Florbela Espanca - Matosinhos
– Dia 29 de Novembro, 17 horas –
e
Infinita Viagem
Um exercício sobre o poeta dramático que "fingiu"
Cine-Teatro Constantino Nery
– Dia 30 de Novembro, 22 horas –
A Câmara Municipal de Matosinhos, vai uma homenagear o poeta da "Mensagem", no 120º ano do seu nascimento, com dois espectáculos de poesia, na Biblioteca Municapal Florbela Espanca, às 17h e no Cine-Teatro Constantino Nery, às 22h, nos dias 29 e 30 de Novembro.
Assim, no dia 29 de Novembro, pelas 17h, na biblioteca Municipal Florbela Espanca, Nuno Miguel Henriques, do Museu da Poesia, apresentar-nos-á o seu espectáculo «A Minha Pátria é a Língua Portuguesa». «A Minha Pátria é a Língua Portuguesa», é um espectáculo que reúne alguns dos Textos mais emblemáticos do Poeta Português, em cruzamento com os seus heterónimos Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Bernardo Soares. Baseia-se, essencialmente, numa abordagem dinâmica e interactiva da Poesia Portuguesa, com uma estética acessível a qualquer género de público. Entre a informalidade e o contacto directo com o público, criam-se momentos únicos nestas viagens com Pessoa. Todo o espectáculo é ilustrado com sons, músicas, imagens e adereços para dar vida a todas as palavras que o "Diseur" transporta como que um "Táxi de Palavras". O público inicia a sessão com Nuno Miguel Henriques fazendo uma verdadeira trajectória poética, introduzindo-se notas biográficas, recitando-se e conversando sobre Fernando Pessoa e os seus heterónimos, além de diversas referências histórias e culturais. Com Arte de Dizer, engenho e entrega, numa interpretação única e singular de Nuno Miguel Henriques, «A Minha Pátria é a Língua Portuguesa», cumpre a máxima de Octávio Paz "a melhor maneira de compreender um poema, é ouvi-lo". Deste espectáculo fazem parte alguns poemas como Liberdade – Fernando Pessoa, O Poeta é um Fingidor... Fernando Pessoa, Minha Pátria é a Língua Portuguesa.... Bernardo Soares, Lisbon Revisited – Álvaro de Campos, Apontamento – Álvaro de Campos, Todos as Cartas de Amor são Ridículas … – Álvaro de Campos, O Menino de Sua Mãe - Fernando Pessoa, O Ministério das Coisas ... - Alberto Caeiro, Estás só – Ricardo Reis, Mestre são Plácidas todas as Horas... – Ricardo Reis, Não sei Quantas Almas Tenho – Fernando Pessoa, Tão Cedo Passa Tudo... – Ricardo Reis, Tenho tanto Sentimento – Fernando Pessoa, Eros e Psique – Fernando Pessoa, Sou um Guardador de Rebanhos – Alberto Caeiro, Olá, Guardador... - Alberto Caeiro, O Tejo é mais Belo... - Alberto Caeiro, O Infante - Fernando Pessoa, Mar Português -Fernando Pessoa, O Mostrengo - Fernando Pessoa, Ode Triunfal (extractos) - Álvaro de Campos entre outros.
O "Diseur" Nuno Miguel Henriques estudou Teatro e interpretação. Possui o Curso Superior de Acção Social e ainda estudos Universitários em História e Psicologia Social. Fez ainda pós-graduações em «Televisão», Imagem e Protocolo», «Organização de Eventos/Gestão Cultural». Possui igualmente mestrado na área de «Marketing», entre diversas formações e graduações académicas. Autor, Encenador, Co-produtor e Actor de Teatro, assinalou em 2008, 21 anos de Teatro. Colaborou em mais de meia centena de peças de teatro, em centenas de representações em mais de quatrocentas localidades no continente, regiões autónomas e estrangeiro. Possui Carteira Profissional de Encenador/Actor desde 1991. Nos palcos trabalhou com muitos nomes importantes da cena nacional, como Camacho Costa, Rita Ribeiro, Florbela Queiroz, Carlos Quintas, Maria Dulce, Carlos Miguel (Fininho), Victor de Sousa, Pedro Pinheiro, Diogo Morgado, Margarida Reis, Joaquim Guerreiro, Victor Emanuel, Félix Fontoura, Ângela Ribeiro, Paulo Matos entre muitos outros. Fez Televisão e Cinema, além de dobragens, locução e publicidade tendo protagonizado vários anúncios televisivos. Como "Diseur" de poesia foi reconhecido e premiado, tendo participado em inúmeras iniciativas, eventos, festivais e efemérides. Editou 9 CD's com interpretação de Poetas Portugueses como Eugénio de Andrade, António Aleixo, Amália Rodrigues, Américo Durão, ou ainda Fernando Pessoa entre outros. Fez Rádio, onde interpretou os maiores Poetas portugueses, em nove rádios locais e na Rádio Renascença. É o autor da Mensagem Nacional do Dia Mundial do Teatro de 1995. Foi director do Instituto de Artes do Espectáculo, durante cinco anos. Actualmente exerce funções de director artístico do Teatro Azul – Companhia Profissional, além de ser também o director geral do Instituto de Protocolo, Artes e Comunicação e director geral do Museu da Poesia.

No dia seguinte, 30 de Novembro, pelas 22h no Cine-Teatro Constantino Nery, a "Infinita Viagem", encerará a homenagem a Fernando Pessoa e ao 120º aniversário do seu nascimento. Com Concepção e encenação de Helena Caldeira, Mariana Reis e Rita Reis, Interpretação de Mariana Reis, Rita Reis, «Infinita Viagem» mais não é do que um exercício sobre o poeta dramático que apenas "fingiu". A sua ARCA é o ponto de partida.
«De mim mesmo viandante
Olho as músicas na aragem,
E a minha alma errante
É uma canção de viagem.»
Fernando Pessoa
Os "actores" estão em cena assistindo-se e reflectindo sobre questões inerentes à própria condição humana – pensar, sentir, fingir, infância, morte, amor – situações vivenciais que tanto se contradizem como se completam. De entre todos os "actores" salienta-se Álvaro de Campos, irmão de Pessoa no cepticismo, na dor de pensar e nas saudades da infância – mas também o Campos esfuziante e torrencial das Odes futuristas e da vertigem das sensações. De Autopsicografia às Odes Triunfal e Marítima, mais não se desejou do que esboçar uma VIAGEM que percorresse alguns dos muitos caminhos que tornaram Pessoa e suas "máscaras" toda uma literatura em encenação dramática. «Sou um poeta dramático; tenho continuamente, em tudo o que escrevo, a exaltação íntima do poeta e a despersonalização do dramaturgo. Voo outro – eis tudo.»
Fernando Pessoa está sempre (por) perto... Felizmente! É de ir!

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