PEDRO AMARAL DIRIGE ORQUESTRA GUBENKIAN
Musica Viva Festival 2009
Lisboa - Fundação Calouste Gulbenkian - 12 de Setembro - 21 horas
BROWN: "Folio and 4 Systems"
DONATONI: "To Earle"
FELDMAN: "The Turfan Fragments"
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BOCHMANN: "Linus"
RIBEIRO: "Inventio"
LIMA: "A-MER-ES"
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Musica Viva Festival 2009
Lisboa - Fundação Calouste Gulbenkian - 12 de Setembro - 21 horas
BROWN: "Folio and 4 Systems"
DONATONI: "To Earle"
FELDMAN: "The Turfan Fragments"
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BOCHMANN: "Linus"
RIBEIRO: "Inventio"
LIMA: "A-MER-ES"
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Excepcional programa sinfónico na abertura do Festival Música Viva 2009
O concerto desenrolar-se-á em duas partes, propondo um percurso através das noções de obra aberta que marcaram uma parte da história das artes na segunda metade do século XX.
A primeira parte é dedicada a três obras da "orla americana". A abrir o concerto, ouviremos "Folio and 4 Systems", de Earle Brown, obra emblemática da abordagem à problemática da obra aberta proposta nos Estados Unidos pela geração de Brown e Cage. Esta obra será aqui apresentada na realização orquestral dos alunos da classe de orquestração de Pedro Amaral na Universidade de Évora.
Em seguida, ouviremos "To Earle", do compositor italiano Franco Donatoni, que, pelo próprio título, dedica esta curta e belíssima página ao seu colega americano, procurando seguir nela os princípios da obra aberta segundo o pensamento de Brown.
Se a primeira obra da primeira parte revela uma grau máximo de abertura na escrita e na forma, a segunda fixa algumas das dimensões (harmonia e timbre), deixando todas as outras em aberto, e exigindo do intérprete a realização prática de todas elas - tempo, intensidade, articulação, forma...
Na terceira obra deste primeira parte, "The Turfan Fragments", o seu autor, Morton Feldman, da mesma geração e companheiro de estrada de Brown e John Cage, propõe, por oposição, uma escrita inteiramente fechada, em que todos os aspectos da obra são inteira e absolutamente definitivos. Uma obra longa, hipnotizante, escrita nos últimos anos da vida de Feldman. Excepcional.
A primeira parte é dedicada a três obras da "orla americana". A abrir o concerto, ouviremos "Folio and 4 Systems", de Earle Brown, obra emblemática da abordagem à problemática da obra aberta proposta nos Estados Unidos pela geração de Brown e Cage. Esta obra será aqui apresentada na realização orquestral dos alunos da classe de orquestração de Pedro Amaral na Universidade de Évora.
Em seguida, ouviremos "To Earle", do compositor italiano Franco Donatoni, que, pelo próprio título, dedica esta curta e belíssima página ao seu colega americano, procurando seguir nela os princípios da obra aberta segundo o pensamento de Brown.
Se a primeira obra da primeira parte revela uma grau máximo de abertura na escrita e na forma, a segunda fixa algumas das dimensões (harmonia e timbre), deixando todas as outras em aberto, e exigindo do intérprete a realização prática de todas elas - tempo, intensidade, articulação, forma...
Na terceira obra deste primeira parte, "The Turfan Fragments", o seu autor, Morton Feldman, da mesma geração e companheiro de estrada de Brown e John Cage, propõe, por oposição, uma escrita inteiramente fechada, em que todos os aspectos da obra são inteira e absolutamente definitivos. Uma obra longa, hipnotizante, escrita nos últimos anos da vida de Feldman. Excepcional.
Na segunda parte do concerto retomamos esta problemática através de três obras da "orla portuguesa", e de três compositores de diferentes gerações. Compositor luso-britânico, Christopher Bochmann, que praticou abundantemente a abertura da escrita e das dimensões formais ao longo da sua obra, propõe-nos com "Linus" uma partitura inteira e definitivamente redigida, "clássica" na sua escrita.
Em "Inventio", o jovem Hugo Ribeiro, aluno de Bochmann, propõe-nos uma esplêndida página orquestral com uma forma inteiramente definida mas em que diversas dimensões da escrita são deixadas em aberto, sendo realizadas no próprio momento da interpretação da obra, "em directo", diante do público.
Finalmente, com "A-MER-ES", Cândido Lima, discípulo de Xenakis, propõe-nos uma concepção aberta não apenas da escrita, mas da interacção entre a dimensão orquestral e a dimensão electroacústica, também ela aberta dentro de certos limites, e cuja realização tem o seu lugar único, de cada vez inaugural, no próprio momento do concerto. Esta obra surge no final do programa como uma homenagem ao seu autor pela dupla coincidência da efeméride: os 70 anos do compositor e os 30 anos da obra. Composta em 1979 para a Orquestra Gulbenkian, só hoje, trinta anos após a sua estreia, voltará a ser ouvida em concerto.
Em "Inventio", o jovem Hugo Ribeiro, aluno de Bochmann, propõe-nos uma esplêndida página orquestral com uma forma inteiramente definida mas em que diversas dimensões da escrita são deixadas em aberto, sendo realizadas no próprio momento da interpretação da obra, "em directo", diante do público.
Finalmente, com "A-MER-ES", Cândido Lima, discípulo de Xenakis, propõe-nos uma concepção aberta não apenas da escrita, mas da interacção entre a dimensão orquestral e a dimensão electroacústica, também ela aberta dentro de certos limites, e cuja realização tem o seu lugar único, de cada vez inaugural, no próprio momento do concerto. Esta obra surge no final do programa como uma homenagem ao seu autor pela dupla coincidência da efeméride: os 70 anos do compositor e os 30 anos da obra. Composta em 1979 para a Orquestra Gulbenkian, só hoje, trinta anos após a sua estreia, voltará a ser ouvida em concerto.
Espectáculo absolutamente imperdível!
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