Um Clima de Mudanças Ambientais, Sociais e Outras: Novas Respostas
por
Luísa Schmidt
Évora . Biblioteca Pública . Largo Conde de Vila Flor
3 de Dezembro . 21h30
Ainda há poucos anos, as alterações climáticas eram um assunto reservado a algumas elites científicas. Hoje o tema alcançou a consciência pública e está presente em todos os programas e agendas económicas, políticas, sociais e até religiosas. O quadro dos problemas é dramaticamente reconhecido (atmosfera, água, solos, biodiversidade…) e as suas implicações sociais, agravando todas as desigualdades, tornaram-se cada vez mais evidentes.
A demonstração científica dos limites planetários deixa muito pouca margem para dúvidas: já não é possível manter os níveis de crescimento económico baseados na exploração dos recursos naturais, nem há condições para expandir o modelo da sociedade de consumo ocidental tal como hoje o conhecemos. Esta situação requer um programa complexo: restaurar os sistemas ambientais e mobilizar as sociedades para a mudança. Se o restauro dos sistemas ambientais pode ser aventado na base do saber científico e tecnológico, já a mudança social - sobretudo num contexto de urgência e movida pelo voluntarismo (mesmo que esclarecido) - parece altamente problemática.
A sociedade tecno - industrial gerou a situação crítica em que se encontra em cerca de 200 anos. Hoje tem menos de 50 anos para sustê-la. A questão do tempo é decisiva e esta urgência das questões ambientais parece trazer autoridade e legitimidade ao voluntarismo político apoiado nos cientistas e técnicos. Mas estará o novo contexto crítico ambiental a comprometer o quadro de valores em que assenta a democracia ocidental? Ou será justamente a democracia informada e participativa o fulcro da mudança de paradigma que as alterações climáticas e a crise ambiental impõem?
Neste quadro de mudanças, será crucial a relevância do conhecimento científico integrado, tal como a necessidade de activação da cidadania e a abertura de novas vias de interacção cívica.
Absolutamente a não perder!
Luísa Schmidt
Évora . Biblioteca Pública . Largo Conde de Vila Flor
3 de Dezembro . 21h30
Ainda há poucos anos, as alterações climáticas eram um assunto reservado a algumas elites científicas. Hoje o tema alcançou a consciência pública e está presente em todos os programas e agendas económicas, políticas, sociais e até religiosas. O quadro dos problemas é dramaticamente reconhecido (atmosfera, água, solos, biodiversidade…) e as suas implicações sociais, agravando todas as desigualdades, tornaram-se cada vez mais evidentes.
A demonstração científica dos limites planetários deixa muito pouca margem para dúvidas: já não é possível manter os níveis de crescimento económico baseados na exploração dos recursos naturais, nem há condições para expandir o modelo da sociedade de consumo ocidental tal como hoje o conhecemos. Esta situação requer um programa complexo: restaurar os sistemas ambientais e mobilizar as sociedades para a mudança. Se o restauro dos sistemas ambientais pode ser aventado na base do saber científico e tecnológico, já a mudança social - sobretudo num contexto de urgência e movida pelo voluntarismo (mesmo que esclarecido) - parece altamente problemática.
A sociedade tecno - industrial gerou a situação crítica em que se encontra em cerca de 200 anos. Hoje tem menos de 50 anos para sustê-la. A questão do tempo é decisiva e esta urgência das questões ambientais parece trazer autoridade e legitimidade ao voluntarismo político apoiado nos cientistas e técnicos. Mas estará o novo contexto crítico ambiental a comprometer o quadro de valores em que assenta a democracia ocidental? Ou será justamente a democracia informada e participativa o fulcro da mudança de paradigma que as alterações climáticas e a crise ambiental impõem?
Neste quadro de mudanças, será crucial a relevância do conhecimento científico integrado, tal como a necessidade de activação da cidadania e a abertura de novas vias de interacção cívica.
Absolutamente a não perder!
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