Wednesday, February 03, 2010

SONS DE VEZ 2010: A OITAVA EDIÇÃO!

SONS DE VEZ! -

8ª Mostra de Música Moderna Portuguesa de Arcos de Valdevez

Fevereiro e Março de 2010

Auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez

Completando oito anos sucessivos de realização, o “Sons de Vez!” retoma os elementos norteadores deste projecto de divulgação das novas sonoridades nacionais. O modelo de oito datas repartirá pelo palco da Casa das Artes arcuense igual número de espíritos criativos, tão diferentes, e tão aproximados, na objectivação da essência da Mostra: arriscar, “democratizar” e difundir. Este ano passam pelo palco OqueStrada, Katharsis, Virgem Suta, Os Pontos Negros, The Legendary Tiger Man, d3ö, Os Golpes + Os Velhos, e Gaiteiros de Lisboa.

Como complemento às performances sonoras, será exibida uma exposição fotográfica relativa à edição 2009 da Mostra, da autoria de Sérgio Neto e Jorge Silva, e que incluirá alguns dos seus momentos de palco mais simbólicos. De igual modo, numa parceria entre a organização do “Sonse a associação “Megafone 5”, projecto que visa divulgar e homenagear a figura ímpar de João Aguardela, será feito um convite a cada um dos projectos musicais para que desenvolvam e interpretem um tema do músico, resultando num registo original e celebrativo da personalidade e poder criativo de um dos mais significativos vultos da cultura musical portuguesa do virar do milénio.

OqueStrada

5 de Fevereiro; 23h00

OqueStrada andou a monte por stradas nacionais e internacionais desde 2002. Nesta odisseia, namorou e conquistou público por romarias, salas de espectáculo e bailes de Verão. Além-fronteiras, representou Portugal por festivais de renome, passando por países como França, Espanha, Sérvia e Macau. Pioneiro numa reinvenção do popular, o projecto conquistou caminho por si mesmo, e com a certeza da sua maturidade alia-se agora a uma editora, possibilitando que o seu trabalho possa, finalmente, ser escutado e afirmado ao grande público.

Diz-se que é uma nova canção, diz-se que é uma outra forma de viver a música... o resultado é um som delirante, atlético e popular. Há 7 anos a celebrar um país real e poderoso, eis que chega ao grande público, com o beat no coração e o fado na mão, tomando-nos de assalto com a sua discoteca caseira e acústica para fazer dançar o mundo!

Katharsis

12 de Fevereiro, 23h00

Katharsis é igual a festa, a mistura de todas as cores: Balcãs, Reggae, Ska, Fado, Country, cabe tudo neste magnífico caldeirão multicolor. Banjos, Acordeão, Digeridoo, guitarras, gaita-de-foles, percussão... incríveis! Uma revolução que congrega sons e vibrações dos quatro cantos do mundo, misturando influências: do country ao celta, do árabe ao flamenco, do reggae ao ska, fundem-se com o vibrar da terra mãe, com a cor e cheiro da lava ardente e a gélida impaciência da neve crepitante, originando assim esse som gutural com fome de tudo e sabor a mundo.

Com um sentido de humor único, passam de uma tenda de circo às areias da arábia, cavalgam no faroeste para se perderem num acampamento cigano! O ritmo é frenético, provocador e indignado. É uma revolta contra o compasso vulgar, comodista e inconsequente. É esta revolta que despoleta a transformação…

VIRGEM SUTA

20 de Fevereiro, 23h00

A história dos Virgem Suta não é a história normal das bandas de hoje em dia. Não foram descobertos através do Myspace, não fizeram uso das auto-estradas da informação para conquistar os milhares de fãs com que poderíamos abrilhantar esta nota. Valeram-se de duas guitarras, da voz e da quase 'ousadia' de uma mão cheia de canções e, sem exageros líricos, as suas auto-estradas foram outras. Perderam a conta às vezes que fizeram o País de Sul a Norte e de Norte a Sul. Mais uma vez, não o fizeram como as bandas normais, a tocar em todas as aldeias e terriolas onde os quisessem a actuar. Não! Habituem-se. Em Suta é um estado exagerado de estar, de viver, de pensar.

Eles eram virgens no mundo da música e quiseram demorar o tempo que fosse necessário para se considerarem prontos. Conseguiram-no e brindam-nos com uma belíssima estreia.

OS PONTOS NEGROS

26 de Fevereiro, 23h00

O foot fetish mais explícito e menos descarado do pópe-roque nacional. De sempre! A Grande Lisboa num pequeno sing along; minúsculo conto de fadas em cantiga maiúscula – a provar que nos cavernosos subúrbios não se hiberna!

Jónatas Pires na voz e na guitarra, Filipe Sousa na outra guitarra e nas outras vozes, David Pires na bateria e nos coros, Silas Ferreira também nos coros e numa espécie de baixo que é um órgão. Eis Os Pontos Negros, eis as inseguras paixões com acne, eis as cinderelas pouco sofisticadas, eis a omnipresença de África, eis a grandiloquência da adolescência. Mais ou menos a mesma coisa que pôr uma agulha de gira-discos em cima dos carris da Linha de Sintra…

The Legendary Tiger Man

6 de Março, 23h00

The Legendary Tiger Man é o alter-ego de Paulo Furtado, multifacetado Artista de Coimbra. Inspirado no velho formato de one-man-band, nascido nas margens do Delta do Mississípi, é um conceito adaptado e vivido no Século XXI, com uma estética muito particular - ao formato analógico tradicional (bombo, prato de choque, e guitarra) juntam-se, sem pudor, soluções electrónicas. O resultado conhecido é explosivo. Ao vivo, as prestações não permitem indiferença na assistência - um homem, muitos instrumentos, o passado fundido com o amanhã. Vive sobretudo no palco e realiza regularmente digressões em vários Países e, porque não, continentes - Portugal, Espanha, França (foi o primeiro português a actuar no Festival Transmusical, em Rennes), Suíça, Alemanha, Bélgica, Inglaterra, E.U.A, Japão (Fuji Rock Festival - 7 Espectáculos em três dias, no maior Festival do mundo) e Brasil. Em Portugal é, em 2008, um dos convidados especiais do Festival Rock in Rio Lisboa.

Mas, The Legendary Tiger Man não é só um projecto musical - aqui a imagem, através (sobretudo) do cinema e da fotografia, é tão importantes como a música.

D3Ö

12 de Março, 23h00

Os d3ö apresentam em Exposed canções intensas, introduzidas por dois clássicos: Junior Daddy e Wanna Hold You. Dos novos temas de Toni Fortuna (a voz dos míticos Tédio Boys), Tó Rui e Miguel Benedito (dois ex-Garbage Catz), destaque ainda para o refrão cativante de On The Phone e o groove frenético de Yellow Sand.

A estreia em longa duração da banda de Coimbra surge quase sete anos depois da primeira actuação e da edição de três EP’s, e é a prova de que o rock é feito de atitude, entrega, suor e muita estrada. Segundo Miguel Benedito, baterista dos d3o, "é o mais fiel possível ao original. Aquilo que ouvimos quando pomos o disco a tocar na aparelhagem é aquilo mesmo que aconteceu. O som dos instrumentos e das vozes não tem 'sujidade' por cima".

OS GOLPES + OS VELHOS

20 de Março, 23h00

Os Golpes são uma espécie de aldeia de xisto onde não faltam arranha-céus. Sabem de cor os engarrafamentos na hora de ponta e o passo arrastado do velho pároco nas procissões da vila. Comem faisão em porcelana e sardinha em broa. E para isso do rock não ser coisa portuguesa, os senhores contra-argumentam de caravelas na ponta da língua: as especiarias, a globalização antes de ser um bicho-de-sete-cabeças, os "Obrigado" toscos que os japoneses ainda dizem. A 2009 pertencerá o primeiro disco d'Os Golpes (ou vice-versa). O fervilhar do rock português de tempos idos está lá todo. Mas desenganem-se os profetas da desgraça, do terrorismo/revivalismo, do rebanho de antanho: Os Golpes não são do passado…

Os Velhos são a primeira banda da segunda geração da Amor Fúria e presenças assíduas nos primeiros concertos dos Golpes e dos Smix Smox Smux, rapazes com a energia própria de quem vive as coisas na altura certa e não perde tempo quando o tempo urge e dita as regras. Mas a identidade destes quatro (Sebastião, Francisco Xavier, Lucas e Zé Preguiça) ultrapassa os auscultadores do Ai Pode; as canções dos Velhos transportam-nos para os lugares primordiais de um tempo em que somos novos e a força, a vitalidade, as possibilidades e a esperança do mundo se apresentam em toda a sua glória…

GAITEIROS DE LISBOA

27 de Março; 23h00

Os Gaiteiros de Lisboa caracterizam-se pela constante busca de novas sonoridades, a inovação e a criatividade, aplicadas à construção de instrumentos concebidos pelo próprio grupo (Tubarões, Tambor de Cordas, Túbaros de Orpheu, Orgaz, “Cabeçadecompressorofone”, Clarinete “acabaçado” e Serafina). O som dos Gaiteiros, para além de respeitar a tradição popular, tem uma atitude experimentalista permanente; como os próprios afirmam, “tudo o que tenha um som invulgar nos interessa. Esse desafio acústico é o único purismo a que nos mantemos fiéis”. Apresentam no “Sons” o seu novo álbum de originais, o quinto numa carreira de década e meia de existência, e que contará com convidados especiais, casos de Sérgio Godinho, Ana Bacalhau ou os Adiafa.

É de ir e não perder pitada!

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