Tal como já aqui haviamos previamente anunciado, o Clinic inicia na noite de sábado, 10 de Março, aquilo que já aqui referimos como um mês musical de arromba em Alcobaça. Nessa noite deste fim-de-semana actuam no Clinic os Bunny Ranch, no que se espera seja uma excelente partida para o que por ali musicalmente se avizinha até ao final do mês. Como complemento a esta notícia, tomamos a liberdade de aqui reproduzir um texto sobre os Bunny Ranch, de autoria de Emma Luiz, publicado na edição de Março de 2007 da revista Verniz, sob o título Quem Disse Que o Rock n Roll Estava Morto? (eu não fui certamente...). Reza assim esse interessante texto:
"O nome vem de uma casa de alterne norte-americana, a garra tem direitos reservados para a cidade de Coimbra. Berço de uma legião de guerreiros do rock, abriga o cinzentismo próprio e o negrume do estilo. Trazem os casacos de cabedal pretos e as calças justas no mesmo tom. Mas os Bunnyranch são assim mesmo. Incendiários num modo só deles, conjungando o som melancólico dos blues de Lead Belly, passando pelo country de Litlle Richard, somando o rockabilly ou a atitude e sonoridade punk-rock dos Ramones ou dos Clash. Podíamos perder aqui algum tempo focando influências ou referências, que a banda não nega, mas que também não evoca. Os Bunnyranch dispensam comparações ou categorias. Depois do Ep Too Flop to Boogie e do registo sólido de estreia Trying to Lose, o quarteto assume que não tem nada a perder e apresenta um novo disco. Luna Dance realça reminiscências nocturnas, embrenhadas nessa intensidade que continua a salientar a ligação do sexo ao RocknRoll. Talvez seja a Lua que faz estes músicos darem tudo em cima do palco. Talvez o nome do álbum seja uma homenagem merecida ao espaço que os viu tocar pela primeira vez, Le Son em Coimbra, mais tarde Luna Dancing
. E talvez nesta noite se repita a proeza de Kaló (voz/bateria), que no anterior concerto no Clinic terminou o espectáculo antes do tempo
por ter furado a tarola, tal era a força com que batia. Desta vez as canções são outras, a formação da banda é outra (entrada de João Cardoso para as teclas) e a editora também. Mas quem vê os Bunnyranch ao vivo não se preocupa com isso. O selo de qualidade é o mesmo e cada um sabe o que o espera. Um turbilhão de palavras, sons e movimentos, gritados a quatro vozes, liderados por um homem que parece fazer toda a festa sozinho, mas que convida todos para o espectáculo. Não se pode dizer que se vivam momentos assim todos os dias. Ou todas as noites. Afinal, quando a lua aparece, aparece só para alguns
".
Já se sabe que o concerto começa a partir das zero horas e que o bilhete para assistir a este live act no Clinic custa sete euros e meio, com direito às habituais mordomias...
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