Monday, July 06, 2009

WORKSHOP GRANDES CONJUNTOS MONÁSTICOS, QUE REUTILIZAÇÃO, EM ALCOBAÇA

Workshop
-Grandes Conjuntos Monásticos, Que Reutilização-
9 de Julho - Mosteiro de Alcobaça
das 9 e 30 às 18 horas - entrada livre
Nasceu da necessidade de discutir e reflectir sobre o futuro do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Encontrar uma finalidade, atribuir funções operacionais e identificar qual o aproveitamento possível para a parte edificada e dos logradouros representam as linhas orientadoras desta acção. Acontece durante o dia 9 de Julho, no Mosteiro de Alcobaça, Património da Humanidade e Maravilha de Portugal, sendo uma organização conjunta do Município de Alcobaça e do IGESPAR. Todos os interessados podem participar. Um encontro que surge na sequência de uma conferência de imprensa presidida por José Gonçalves Sapinho a 12 de Janeiro último, na qual o Presidente do Município apresentou algumas propostas de intervenção capazes de combater a degradação e abandono do monumento, nomeadamente a criação:
• de uma Fundação de Cister (proposta já apresentada na Assembleia da República em 1996 pelo Presidente da CMA em formato Projecto –Lei, no intuito de colocar o Mosteiro de Alcobaça na Agenda Política Nacional);
• do Pólo Universitário de Coimbra e a Universidade de Verão - o Pólo teria o nome de Colégio Universitário Nossa Senhora da Conceição, restaurando assim o Colégio Nossa Senhora da Conceição (já havia funcionado desde 1648 até finais do 1.º Quartel do século XIX).);
• do Centro de Estudos Medievais;
• do Espaço para Auditório/Centro de Congressos – espaço para 700 lugares, palco, gabinetes entre outros para acolher eventos nacionais e internacionais;
• de um Núcleo de Monges;
• de um espaço de Diálogo de Civilizações;
• de uma área Museológica;
• de uma Hotelaria de Charme;
e
• A Transferência de todos os serviços Municipais para o interior do Mosteiro;
No universo do património arquitectónico os conjuntos monásticos representam uma tipologia tão interessante como sensível quanto à sua capacidade de reutilização. Concebidos e edificados segundo modelos funcionais e construtivos precisos, plasmam um conjunto infindável de conhecimentos que são uma lição para a nossa contemporaneidade. São também especialmente interessantes, para além dos valores arquitectónicos e documentais que encerram, pela sua capacidade de reutilização que demonstram, ao longo da história e do seu tempo de vida, pelo protagonismo que, inevitavelmente, mantêm como elementos primários da estruturação urbana das cidades e do território, e pelas perspectivas que podem abrir na actualidade, enquanto notáveis recursos culturais e turísticos num contexto de globalização.Ao mesmo tempo, são estruturas especialmente sensíveis, não apenas pelo seu valor simbólico, como pelas condicionantes que a sua tipologia, os seus sistemas distributivos, a sua compartimentação e os valores documentais que encerram na sua própria construção, impõem a qualquer nova utilização.Dar utilidade ao património é uma questão sine qua non para a sua própria sobrevivência, grande parte do nosso património, demonstra isso mesmo. Os exemplos da desafectação de espaços em monumentos por longos períodos de tempo, sem uma estratégia de refuncionalização sustentável, são provas da necessidade de os manter úteis. Que novos usos para este património? Tal como os mosteiros sempre se assumiram anteriormente como pólos de estruturação e desenvolvimento das cidades e do território, com base na interacção entre as comunidades religiosas e a população, também hoje se podem tornar espaços úteis e abertos, contribuindo para o desenvolvimento das comunidades e para uma plena integração social.
Esperamos que não voltem a passar o dia discutindo o sexo dos anjos. Alcobaça já viu esse filme... É de ir!

No comments: