Todos os que habitualmente povoam o universo blogosférico sabem que a esmagadora maioria dos autarcas portugueses lhe é adversa. No nosso país contam-se pelos dedos de uma mão (sobrando alguns) os presidentes de câmara que criaram e mantêm blogues e o caso não muda muito de figura quanto à sua intervenção em blogues criados e mantidos por outras personalidades. São mesmo raríssimos os autarcas que dão alguma atenção interventiva à blogosfera, contando o distrito de Leiria com honrosas excepções como o alcobacense Rogério Raimundo e o marinhense João Paulo Pedrosa...
No passado dia 24 de Novembro, o semanário Região de Leiria (www.regiaodeleiria.pt) publicou um interessante artigo de fundo sobre o assunto e a verdade é que esse artigo apenas confirmou o que já praticamente todos sabíamos: os autarcas portugueses fazem genericamente questão de evidenciar que têm o hábito de meter a blogosfera debaixo do tapete (com a excepção de alguns que a preferem meter em tribunal...), ostentando mesmo algum desprezo sobre esse género de intervenção. Curiosamente, e referindo-se aquele artigo ao universo blogosférico do distrito de Leiria, cometia o mesmo a veleidade de nem sequer mencionar a blogosfera alcobacense, que é certamente a mais activa e interveniente do distrito...
Devendo aqui lembrar-se que os sites das edilidades portuguesas evidenciam usualmente uma enorme monotonia noticiosa (digna dos tempos da candeia a petróleo!) volto a escrever sobre um excelente exemplo vindo de Espanha, mais propriamente de Sevilha, cujo alcaide, Alfredo Sánchez Monteseirín, criou e mantem um blogue (http://www.smsevilla.blogspot.com) essencialmente destinado ao debate de ideias e propostas sobre a sua cidade. Tornei-me visitante assíduo daquele blogue e a verdade é que sendo aquele político alcaide de uma cidade como Sevilha (maior que a média das cidades portuguesas) ele consegue tempo para criar postagens e para responder às intervenções publicadas no seu blogue. Ver um presidente de câmara português ter um comportamento semelhante, não passa (para nós) ainda de um sonho... Realmente os ploíticos portugueses continuam (genericamente) a ser uns enormíssimos botas de elástico!
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