Sunday, September 30, 2007

TGV E SUAS NEGATIVAS IMPLICAÇÕES NO CONCELHO DE ALCOBAÇA ESTÃO EM DEBATE PÚBLICO E NECESSITAM DE RESPOSTA URGENTE!

Até ao dia 9 de Outubro, encontra-se em fase de consulta pública o Estudo de Impacto Ambiental referente à Ligação Ferroviária de Alta Velocidade entre Lisboa–Porto, Lote C1, Troço Alenquer (Ota) – Pombal. Esse assunto foi discutido na última Assembleia Municipal de Alcobaça, em 21 de Setembro, de forma preliminar. Os traçados em consulta podem atingir até oito freguesias no Concelho de Alcobaça, sendo que neles existem um total de 17 eixos e sub-eixos apontados. Sabe-se que alguns dos projectos apresentados têm consequências de valor significativo e muito negativo sobre o património natural do concelho de Alcobaça, caso de algumas manchas de Carvalhal, Vale da Ribeira do Mogo e Vale do Rio da Fonte Santa. Ao nível do património cultural, os traçados têm incidência sobre património arqueológico, arquitectónico e etnográfico, sendo os mais significativos a Casa do Monge do Lagareiro, a Ermida de São João Baptista (Olheiros) e algumas grutas de ocupação pré-histórica. Também ao nível da exploração de inertes se prevêm fortes e muito negativas consequências, uma vez que na fase de projecto, é definido um corredor de segurança de 400 metros de largura. Mediante a opção por algum dos traçados delineados, haverá povoações cujas populações sofrerão gravíssimas sequelas a nível patrimonial e pessoal, nomeadamente, na zona dos Covões e Lagoa do Cão. Realizaram-se na passada semana reuniões públicas de apresentação e esclarecimento sobre as implicações do projecto TGV em Alcobaça, em Aljubarrota, na Benedita e em Évora de Alcobaça, reuniões em que se confirmaram as graves implicações daquele megalómano projecto do Governo da República Portuguesa na nossa região e a apreensão com que muitos de nós, alcobacenses, enfrentamos auele desajustado projecto governamental.
O Presidente da Câmara Municipal de Alcobaça, Gonçalves Sapinho já se afirmou também contrário a qualquer das propostas de traçado em cima da mesa. Na sua perspectiva, o traçado do TGV deve acompanhar o traçado da A1, a Nascente da Serra dos Candeeiros, opiniãi com a qual estou de acordo, acima de tudo, pelo seu menor impacto negativo neste concelho. Sabendo que a opção Nascente foi abandonada em 2004, por não possibilitar velocidades na ordem
dos 350 km/hora, quando a ligação Lisboa/Madrid, por opção espanhola, não ultrapassará os 250 km/hora, acresce muita e justificada incompreensão pela opção tomada, que sai ainda reforçada pelo facto de, havendo paragens intermédias (Leiria, Coimbra e Aveiro), essa velocidade máxima ser apenas virtual.
No sentido de definir uma posição formal do Municipio, está agendada para a próxima quinta-feira, 4 de Outubro, uma nova reunião de Assembleia Municipal de Alcobaça, de natureza extraordinária, estando previsto para então uma deliberação formal. Essa reunião deverá contar com a presença e com o trabalho de Fernando Nunes da Silva, a quem o município alcobacense encomendou uma contestação de base técnica às propostas do traçado em cima da mesa.
Penso que essa "contestação de base técnica" é justificada e necessária, embora me pareça já algo tardia. Neste momento, parece-me que está a chegar o tempo de dar uma resposta política e social forte e urgente às irrealistas pretensões do socrático (no pior sentido) governo que continua a fazer bandeira de um projecto que cada vez mais se afigura financeira, patrimonial e socialmente ofensivo dos interesses nacionais (e da nossa região). E será bom que a população do concelho de Alcobaça se vá já preparando para lutar com unhas e dentes, contra este (ameaçador) TGV que, segundo os actuais projectos em debate, ameaça esventrar de alto a baixo a economia, a geografia e a saúde do concelho de Alcobaça, bem como as expectativas de futuro de muitos dos seus habitantes. Neste campo de acção em torno das implicações do TGV a perspectiva começa a ser: ou Sócrates ou nós...

1 comment:

Bety said...

Bem pior que o TGV é a lixeira que a Câmara deixa fazer no lugar de Freires Vão ver é digno de ser visto e onde já estou a providênciar levar a Comunicação Social para verem o vergonhoso que é na Rua do Canto Nº 36 por detras da casa é vergonhoso e demais perigosos os lixos e matérias ali depositadas ao ar livre sem respeito pelo ambiente; Onde está a defesa do ambiente neste Concelho?? Mais na mesma casa á 6 anos que está sem contador de água por ser roubada a água á 6 anos do Ramal público!!! Que sabe e cala?? Quem será conivente??? Não sei mas quero saber: A nova dona desta casa comprada em tribunal e que não admito na minha propriedade nem roubos nem lixos á culpados que a Câmara e a Junta de Freguesia chamem os culpados sigo para a denuncia Pública: Bety