Saturday, June 14, 2008

MODERNOS SÃO OS CLÁSSICOS: O MEU TIO, DE JACQUES TATI, NO CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA

MODERNOS SÃO OS CLÁSSICOS
JACQUES TATI: O MEU TIO, NO CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA
17 DE JUNHO - 14h 30 e 21h 30
Jacques Tati não só conseguiu inscrever o seu nome na História do Cinema como o fez em apenas seis filmes. Nos próximos meses, o ciclo MODERNOS SÃO OS CLÁSSICOS apresenta mais dois deles e devolve parte da obra deste cineasta francês à sala de cinema, em cópia restaurada de 35 mm, no Grande Auditório do CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA.
Na próxima terça-feira, 17 DE JUNHO, teremos uma das mais celebradas obras deste mestre francês: O MEU TIO, filme de 1958 onde Jacques Tati dá vida e interpreta pela primeira vez o papel de Mr. Hulot, o que o levaria a conquistar nesse ano o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e o Prémio Especial do Júri no Festival de Cinema de Cannes. O filme será apresentado na sequência do ciclo dedicado ao actor e realizador gaulês em duas sessões diárias (pelas 14h 30 e 21h 30) no Grande Auditório do CINE-TEATRO DE ALCOBAÇA. Já em Julho, será a vez de observarmos PLAYTIME (1967). Realizador, argumentista e protagonista da maioria dos seus próprios trabalhos (a criação do alter-ego Monsieur Hulot é uma das mais míticas a par de Charlot por Chaplin), Tati foi um comediante que não deixou de usar a Sétima Arte como forma de expressão maior no domínio da sátira social. Fê-lo através do riso e para entretenimento do público, atingindo um rigor e uma sofisticação conceptual ainda hoje raras. A crítica aos excessos da "modernidade" tão comuns na sua obra (nomeadamente no campo do design e da arquitectura moderna cujas regras totalitárias iam alastrando durante a sua época) tornou-se, no fundo, uma dos maiores manifestos de modernismo cinematográfico. Jacques Tati não é a descoberta de um mero "clássico" do cinema, mas antes a visão de uma clássica condição humana. E isso sempre foi "moderno".
MODERNOS SÃO OS CLÁSSICOS é um ciclo de reposições a decorrer no Grande Auditório do Cine-Teatro de Alcobaça durante o ano inteiro de 2008 e com uma sessão mensal dedicada a alguns dos maiores clássicos da história do cinema. Empenhado em evocar a obra dos mais importantes nomes da Sétima Arte, esta organização tenta contrariar a ideia da modernidade como uma mera "condição do presente" rigidamente centrada nos códigos de produção actual (isto quando sabemos que o verdadeiro cinema moderno nasceu há várias décadas atrás), mostrando-o através de cineastas incontornáveis como Charles Chaplin, Jacques Tati, Federico Fellini, Alfred Hitchcock, entre outros.
Quem nos dera ter um tio assim! É de ir!

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