ATLANTIC WAVES MOSTRA POTENCIALIDADES DA NOVA MÚSICA PORTUGUESA EM LONDRES

É já a partir de amanhã, 2 de Novembro, que decorre a edição deste ano do Atlantic Waves Festival. O evento é organizado e protagonizado em Londres e o seu objectivo continua a ser mostrar no estrangeiro o que há de novo na nova música portuguesa. A direcção artística do Atlantic Waves é de Miguel Santos, que há vários anos dirige o Anglo-Portuguese Relations Programme da Fundação Calouste Gulbenkian naquela cidade.
No concerto de abertura da edição deste ano daquele festival actuarão os Madredeus, ao fim da tarde de 2 de Novembro, no Barbican Hall, às 19 e 30 (isso mesmo, dado que em Londres é norma geral os espectáculos decorrerem em horários que permitam ao público apanhar transportes públicos no seu caminho trabalho-espectáculo-casa!).
Além dos Madredeus, o cardápio do Atlantic Waves inclui actuações de Carlos Zíngaro, que a 14 de Novembro apresentará no The Spitz um seu novo projecto de free jazz e nova música improvisada, repetindo o feito a 15, com outro novo conceito colectivo de música improvisada, na Purcell Room do South Bank Center. Neste último espectáculo actuará também a dupla Maria João/ Mário Laginha, mostrando o seu jazz cobtemporâneo ao público londrino. A 16 de Novembro, na Union Chapell, seá apresentado um dos espectáculos mais aguardados deste Atlantic Waves 2006, no qual se dará aestreia mundial de um novo e aliciante projecto em que o percussionista português Pedro Carneiro se alia criativamente ao conceituadíssimo Arditti Quartet! A 17 de Novembro será a vez de Sara Tavares se apresentar ao vivo na Purcell Room, local onde no dia seguinte se apresentarão Tcheka e Modeste. A 22 de Novembro será a vez de Mariza se apresentar ao vivo no mítico Royall Albert Hall, contando com convidados como Carlos do Carmo, Tito Paris e Jacques Morelenbaum. A 24 de Novembro será a vez de David Maranha e Margarida Garcia actuarem na Purcell Room na companhia de vultos como Arnold Dreyblat e Philip Jeck, voltando David Maranha ao festival a 25 de Novembro, actuando dessa vez na St Giles Criplegate com Victor Gama, Max Eastley os Z'ev e outras personalidades da new music. A música experimental portuguesa voltará a brilhar neste último local, em 26 de Novembro, desta vez com a presença em palco de Margarida Garcia, Paulo Raposo e Alfredo Costa Monteiro, junto a vultos como Akira Rabelais e John Duncan. O Atlantic Waves 2006 apresentará o seu último espectáculo em 30 de Novembro, na Union Chapell, com a presença em palco de Janita Salomé (que fará a estreia mundial de um seu novo projecto de world throat singing junto a Sainkho Namtchylak e Tanya Tagaq) e de Maria João e Américo Rodrigues (na estreia mundial de um seu novo projecto human betaboxing, cujos aliados criativos são Dokaka e Shlomo.
Já se sabe então que entre 2 e 30 de Novembro (quase) todos os caminhos da nova música portuguesa irão dar a Londres e a essa autêntica obra de autor que é o Atlantic Waves. Quem disser que a música portuguesa não tem divulgação no estrangeiro, está certamente a mentir! Ou mal informado...